Adelina Rodrigues da Silva

A Flor do Ipanema
TRAILERFILME

Sinopse

Nasceu entre os antigos Sítios Bom Nome e Pau Santo, comunidades pertencentes a cidade alagoana de Batalha – AL.

Morou em sua infância e mocidade em um chalé, feito de taipas, ali se banhava e matava a sede em um velho barreiro que acumulava as águas das chuvas, que tanto serviam na secura do verão.  Se embrenhava nas matas nativas para colher lenha, que servira de combustível para alimentar o rústico fogão, além de varrer toda dimensão que circundava sua casa, com uma vassoura de palha de ouricuri e pés de matos nativos.

Suas brincadeiras eram de correr e subir nas árvores, mas, o que mais gostava  era buscar água com o balde na cabeça, distância de uma légua. Andar a cavalo de  uma cidade a outra em uma carreira só, o bicho era baixeiro, marchador e ligeiro, segundo conta ela.

Panelas de barro, candeeiro acesso, pobreza material e riqueza imaterial, bonança de felicidade! Colchão de palha de junco, chão batido, pote e quartinha de águas frescas, café torrado no tacho, cuscuz ralado no moinho de veio, carne salgada e conservada ao sol, poucos tamboretes, esperança farta e vida difícil. Assim  foram seus dias!

Filha de Cícero Rodrigues da Rocha e Maria das Dores Freitas, sua mãe era fabricante artesanal se sabão de sebo, vendia nas feiras da região este produto. Adelina e os irmãos trabalharam na roça, desde os nove anos de idade. Assim iniciou sua longa carreira na agricultura. Já se vão quase um século de labuta na roça. Nunca parou de trabalhar!

Aprendeu a cartilha do ABC sem nunca ter ido a escola. Sua mestra mesmo foi a enxada e as  veredas do longo caminho.

Quando seu pai faleceu, ela só tinha quinze anos. Nesta mesma época sua mãe perdeu à visão total e foi embora para São Paulo. Neste período foram perdas imensas que ela teve que enfrentar! Foi forjada na dor, na ordem, na saudade e muita pisa.

Ainda morou no Sítio Poço da Cacimba, em Santana do Ipanema  – AL e lá conheceu Euclides, um senhor que já tinha sessenta anos de idade, enquanto ela tinha dezoito anos. Casaram – se em uma igreja do antigo Sertãozinho, atual Major Izidoro – AL. Depois de casada, foi enxada, roça e menino quase todo ano!  De lá vieram morar em Arapiraca, no Sítio Bom Jardim. Já se vão mais de cinquenta anos.

Esposa, mãe, agricultora, memória viva de seu Bom Jardim. Assim, Adelina Rodrigues da Silva, tornou- se uma das Raízes de Arapiraca.

Ficha Técnica

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 18ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 17 de novembro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *