Sinopse
Nasceu no Sítio Baixa Grande, Arapiraca-AL. Ali mesmo brincou um pouco, estudou, foi moldada no trabalho da roça. O fumo foi a principal cultura dos roçados de seu pai, e a menina Áurea já se dedicava na cultura fumageira.
O abrigo de seu nascimento foi em uma casa simplória, cheia de crianças com fartura de amor! Sua mãe morreu quando só tinha vinte e oito anos de vida, deixando órfãos nove filhos. Seu genitor, casou-se mais uma vez, deste casamento foram mais nove filhos, completando assim, dezoito filhos, e uma das maiores famílias do solo arapiraquense.
Aos oito anos foi morar na Rua Lúcio Roberto, Centro e foi matriculada na Escolar Adriano Jorge, e teve como mestras: Maria Fragoso e Chiquinha Macêdo, logo indo estudar no Instituto São Luiz, neste liceu, foi aluna do Pedro Reys. Suas colegas prediletas foram Cyra Ribeiro, Leônia Ribeiro, Maria do Claudeonor, Áurea e outras, hoje figuram, como mulheres importantes da estrela radiosa.
Conheceu seu marido em uma festa de carnaval, que segundo ela, era uma festa grandiosa que movimentava o pequeno Centro de Arapiraca. Seu casamento foi celebrado pelo padre Epitácio Rodrigues, as fotos de seu casamento foram tiradas no lambe lambe do Artur Alves da Silva, que ficava ao lado da igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho.
Nasceu em 1932, oito anos depois, da emancipação política de Arapiraca. Seus familiares ascendentes, boa parte deles lutaram e vibraram pelo feito histórico que transformou a Vila de Arapiraca, em cidade, livre para agigantar – se ainda mais em seu sucesso econômico, graças a bravura de gente como Áurea Romualdo.
Ainda participou da criação do Clube dos Fumicultores e dos ensaios da Orquestra Arapiraquense Musical, sob à regência do Maestro Nelson Palmeira, cujo mecenato era dos Irmãos: deputado José Lúcio da Silva e Manoel Lúcio da Silva.
É confeiteira prendada, desde cedo iniciou nesta profissão. É uma das mais importantes doceiras da cidade. Festas de casamento, batizados, aniversários e outras, eram seus quitutes o doce mel daquelas festas.
Costurou para as madames das décadas de 1940 a 1970. Os tecidos eram comprados nas Lojas Lima ,nas Casas Pernambucanas, nas Casas Oliveira e outras mais.
Esposa de Antônio Romualdo Neto, filha de Josué Messias, que foi vereador da Câmara Municipal de Arapiraca, sua mãe foi Teotônia Ventura de Oliveira, ambas figuras gigantes da história da nossa cidade.
Os leilões da igreja das Cacimbas, o padre Antônio Lima, o Sítio Cacimbas, atual Rua Benício Alves, os bailes, os pastoris, os ensaios da Orquestra do Maestro Jovelino, as festas tradicionais de Reis das Cacimbas, no dia seis de janeiro de cada ano. Ela fala que tinha medo dos guerreiros, chegou a passar o dia escondido na bodega do Pedro Messias, com medo do Mateus do Guerreiro. Doces lembranças!
Esposa, mãe, agricultora, destaladeira de fumo, costureira, mestra doceira, além de outros atributos artísticos. Em seus noventa anos vividos em sua terra natal, é co – autora desta colossal história. Assim, Áurea Romualdo de Oliveira, é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 13ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 17 de julho de 2022 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro