Sinopse
Nasceu no Sítio Fazenda Vai e Não Torna de propriedade do Antônio Vital, irmão do vereador Domingos Vital, no Rio Morto, atual Novo Rio, nas proximidades da Vila Aparecida, Arapiraca- AL; lá brincou e trabalhou desde cedo nos campos verdes na produção agrícola. Não estudou, o tanto que desejou, mas é detentora de um aguçado letramento da vida. Sua primeira morada foi em uma casa de taipa, preenchida por barro e coberta por palhas de ouricuri.
Teve uma doce infância! Mesmo mergulhada no trabalho, a doçura se dava no convívio familiar, na simplicidade diária, até a comida feito no velho fogão, hoje é tomada por um gosto de saudade. As brincadeiras de bonecas de pano e os irmãos pequenos “de cobrir de balaio”, a casa cheia de gente, as apresentações de guerreiro, pastoril, reisado, zabumbeiros, a quermesse de São Sebastião no Sítio Rio Morto- doces lembranças!
Ainda novinha, foi morar no Sítio Pau Ferro em Limoeiro de Anadia-AL, mas desde cedo vinha trabalhar na roça do Quinca Brandão (Joaquim Ferreira Brandão) na Vila Aparecida.
Trabalhou nas culturas de algodão, feijão, mandioca e principalmente na cultura fumageira, responsável por engrossar o caldo da economia da estrela radiosa. A vida inteira ela conviveu ali em sua Vila Aparecida. Ela é parte da geografia humana e batalhadora da zona rural arapiraquense.
É uma notável personalidade e exponencial figura da Vila Aparecida, uma lenda em vida por seus mistérios que são sua placidez, expostas ao longo de sua trajetória. Carrega consigo os elementos perceptíveis dos traços culturais dominantes do ambiente, sendo notória sua compreensão do mundo.
A cacimba de água doce, as veredas estreitas percorridas outrora a pé ou montada em carroça de burro até o pequeno centro da cidade, a feira e o saco de alimentos, aqueles tecidos comprados nas lojas da época que se transformavam em vestimentas para as três festas do ano, o casamento com José Luiz da Silva, celebrado pelo Padre Antônio Lima, os cinco tamboretes, as panelas de barro, o colchão principais utensílios de sua nova morada, o silêncio das distancias entre as casas, e outras recordações para Cícera Dionizio, é como mergulhar no navegável mar da nostalgia.
Ainda colocou uma bodega ao lado de sua morada, ambiente de cultura de raiz.
Esposa, mãe, agricultora, bodegueira, mulher forte, esplêndida e de candura terna. Sua força está arraigada nesta terra! Assim, Cícera Dionizio da Silva é uma das Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 13ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 17 de julho de 2022 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro