Sinopse
Nasceu no dia 1º de Agosto de 1950, em Quebrangulo-AL. No antigo recanto coberto por frondosas palmeiras.
Filho do carpinteiro de primeira linha, Apolinário Antônio da Silva(Mestre Nário)e da administradora do lar e agricultora Quitéria Maria da Silva. Desde cedo ele iniciou no trabalho na roça, principalmente nas colheitas de feijão e algodão. Também participava das pescarias no Rio Paraíba, ao lado de seu saudoso pai.
No seu primeiro ano de vida, foi morar em Paulo Jacinto-AL. Em 1956, seus pais vieram morar em Arapiraca, trazidos em um trem Maria Fumaça até seu ponto de chegada, a estação ferroviária das Cacimbas. De lá foram residir na rua da Aurora, atual rua Vereador Domingos Vital, no Alto do Cruzeiro, em uma casa alugada, de propriedade de Domingos Vital, que teria convidado o Mestre Nário para fazer a carpintaria de um salão de fumo, de propriedade do ilustre político.
Aos seis anos de idade, iniciou os trabalhos ao lado da sua mãe, destalando fumo em sua própria residência, enquanto seu pai mantinha uma carpintaria para complementar o sustentar da família. Seu genitou também trabalhou em uma grande carpintaria de Arapiraca, pertencente ao empresário Horácio.
Iniciou seus estudos em uma escola organizada em um salão de Domingos Vital, que funcionava enfrente de sua casa, sua primeira professora foi a Mestra Cícera Araújo, que ensina na ordem, na palmatória e na régua, ele chegou a provar em várias vezes a dureza da palmatória, posteriormente, passou a estudar no Instituto São Luiz, seguindo de lá para a Escola José Quintela Cavalcante, onde continuou seus estudos.
Segundo contou ele: “veio usar uma camisa aos oito anos de idade. Por vezes foi dormir nú, porque sua mãe lavava seu calção, e para enxugar mais rápido pendurava sobre o fogão à lenha, para que seca-se mais rápido com o calor das sobras das brasas”. Mesmo trabalhando na fábrica de sapatos, só veio usar uma sandália aos nove anos de idade”. Ele sente muito orgulho de sua história.
Aos oito anos de idade, Bartolomeu passou a trabalhar na fábrica de sapatos de propriedade do Pedro Deocleciano Almeida(Pedro Deó), localizada na rua Aníbal Lima, Centro. De ajudante de sapateiro, passou para sapateiro solador – especialista no fabrico de sapatos artesanais.
Mesmo começando tão cedo a trabalhar , ainda arranjava tempo para as estripulias de garoto. Brincava nas ruas descalças do Alto do Cruzeiro, nos banhos no Tanque de Fora, jogando bola, correndo e sendo feliz em sua alvorada, apesar das muitas dificuldades.
Aos treze anos de idade, teve uma grave pneumonia, mesmo assim, passou a engraxar e escovar sapatos em frente da Sapataria do Pedro Deocleciano. Ainda trabalhou carregando cargas na feira de Arapiraca.
Aos dezesseis anos de idade levou uma pisa de seu pai de corda de puxar água na cacimba, às quatro horas da matina, porque na noite anterior teria chegado às 21:30 e no outro dia iria fugir com Circo Teatro Zé Bezerra, instalado outrora enfrente a Loja O Mascate, na época uma campo de futebol arrodeado por plantações de fumo.
Com a experiência obtida na fábrica de sapatos, tornou-se sapateiro, e aos dezesseis anos de idade, tornou-se um dos principais vendedores da sapataria “A Calçadeira.” Não demorou muito e logo foi convidado para gerenciar a sapataria “A Radiante,” em Maceió. Após oito anos Bartolomeu foi convidado para trabalhar na loja Mundo dos Calçados, de propriedade do Carlito Madeiras, onde trabalhou poucos meses. A loja de Carlito, foi vendida para a empresa A Radiante de Arapiraca. Durante as negociações, Carlito exigiu que a loja mantivesse Bartolomeu no quadro de funcionários, desta forma novamente passou a ser gerente da A Radiante, agora em Arapiraca. Como administrador da A Radiante, foi o pioneiro na fachada. Logo as demais lojas passaram a copiá-la. Também foi precursor na mudança de horários do comércio de Arapiraca, que fechava às doze horas, sendo o único a manter a loja A Radiante aberta durante o período das 12:00 às 14 horas. Esse foi um marco copiado por todas as lojas em Arapiraca, mantido até hoje.
Ainda foi proprietário de uma fábrica de calçados, denominada Zeza Calçados. A fabrica não obteve êxito e logo foi vendida ao empresário Pedro Deocleciano.
Em 1972, Bartolomeu casou-se com sua primeira esposa, Maria Josalda de Castro Silva em cerimônia realizada pelo Padre Epitácio Rodrigues, na Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho. Neste período foi trabalhar como gerente de uma loja em Maceió, de propriedade de Pedro Deó.
O casal teve 4 filhos: Charles, Emanuela, Júnior e Alda Maria. O período do casamento, foi marcado por dificuldades financeiras, pois passou um tempo desempregado, e para não passar maiores necessidades recorreu ao pai por várias vezes. Este enlace matrimonial durou vinte e dois anos.
Convive há doze anos, com Arlete, com quem tem o filho Thiago. Ainda tem uma filha chamada Alice, de um outro relacionamento.
Após superar as adversidades, Bartolomeu conseguiu construir um prédio na Praça Bom Conselho, nesta época de Propriedade de Carlito Firmiano, possuía um veículo Opala, no entanto ao ver sua genitora diagnosticada por uma doença grave, vendeu o carro para pagar o tratamento de sua mãe em Maceió. Gastou todo o dinheiro, só restou mesmo o da passagem de volta à Arapiraca. Sua mãe faleceu aos cinquenta e dois anos de idade, já seu pai viveu 103 anos.
E foi trabalhar novamente na A Radiante, desta feita em Arapiraca, em 1986, Bartolomeu tornou-se sócio de Geraldo Barros na A Radiante de Arapiraca, que passou a ser chamada de Realce, localizada ao lado da antiga Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho. Após nove meses decidiu findar a sociedade e por não ter condições financeiras para comprar a parte do sócio, foi convidado por seu amigo Jurandir, na época gerente do Banco Banorte, que o beneficiou concedendo a liberação de um empréstimo. Assim, Bartolomeu tornou-se proprietário da Realce Calçados, e da Loja Visual na Praça Manoel André, que foi locada o prédio para as Casas Bahia, desde 2021.
Atualmente é evangélico e faz parte da Igreja Santa de Jesus Cristo, do Pastor Marcelo.
Há cerca de 20 anos, desenvolveu a paixão por motos. Foi o fundador do Grupo Piratas do Agreste e hoje faz parte do grupo de motociclistas Centuriões do Rei. Tem mais de trinta e cinco viagens internacionais, com os colegas do grupo de motociclistas e já percorreu a América do Sul, a América do Norte e Europa. Em cada país que chega, Bartolomeu, Pastor Marcelo e os demais colegas do grupo, Centuriões do Rei, são recepcionados por empresas que disponibilizam motos de grande porte para os membros. Ele possui uma motocicleta de 1.800 cc. Segundo o mesmo, tem a motocicleta mais pesada do planeta, além de seus acessórios.
Esposo, pai, sapateiro, engraxate, carregador de frete na feira, funcionário de fábrica de sapatos, atendente de loja de calçados, proprietário da histórica Loja Realce, proprietário de fábrica de calçados, motociclista. Um homem empreendedor.
Assim, Bartolomeu Apolinário Silva, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca
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