Sinopse
Nasceu no dia vinte e cinco de novembro de 1934, na outrora Sertãozinho, atual cidade de Major Izidoro-AL. Sua Infância foi correr nas terras Sertanejas. Segundo ela, saía solitária à noite, às 19 horas para ir a fazenda. O caminho clareado pela luz da lua, as extensas cercas de labirintos, fugindo dos animais da caatinga.
Filha do agropecuarista e boiadeiro Antônio Rosendo Ferreira e da administradora do lar, Júlia Maria da Silva. O pai foi um importante comerciante do ramo de compra e venda de gado no Estado de Alagoas. Passou uma temporada em São Miguel dos Campos-AL, levada por seu genitor para frequentar a escola. Ainda foi para Maceió estudar, mas, sua vontade mesmo, era administrar a fazenda e os trabalhadores desta empresa rural de propriedade de seus familiares. Mesmo assim fez até o quinto ano no Colégio Santo Antônio, na Cidade de Major Izidoro.
“Fogão à lenha, panela de barro, luz de candeeiro, casinhas de taipas para os trabalhadores, e afazeres domésticos, água para beber coberta por uma camada de lodo, ‘orelha de burro’, retirada do açude, saindo bem limpinha!” Relembra ela! Uma vida simples no convívio da fazenda.”
A casa da cidade, era cheia de gente. De visitas do Padre ao Prefeito. Pois seu pai era um homem muito respeitado em sua Major Izidoro.
Em 1963, conheceu o viúvo Clemente Gama da Silva, na cidade de Craíbas-AL, no casamento de sua prima, Marina. Casou na Igreja Católica de Cacimbinhas-AL. Seu esposo era funcionário do Deca Moço, trabalhava como comprador de algodão, feijão, milho e mamona, para a venda no Armazém deste ilustre comerciante radicado em Arapiraca.
Em 1967, veio morar em Arapiraca, vindo a residir na rua Vereador Benício Alves, no bairro Cacimbas. Foi quando começou a comprar cortes de tecidos em Palmeira dos Índios-AL e vendê-los aqui em Arapiraca. Depois passou a comprar tecidos, miudezas, objetos de decoração entre outros itens, nas cidades de Caruaru e Tobias Barreto. Fez riquezas através de suas vendas em Arapiraca, a ponto de ser a primeira mulher a adquirir um carro Brasília 0km, na loja de carros Aravel, na época, de propriedade do Zé Pedro.
Seu esposo, fazia parte do Senadinho da Praça Marques da Silva. Tinha como colegas: Antônio Rocha, Zé Alexandre, Alonso de Abreu, Deca Moço, Adalberto Rocha e outras personalidades da época.
Uma mulher de vanguarda na história do empreendedorismo e dos festejos culturais que marcaram esta terra. Frequentou a Praça Marques, a Sorveteria Pinguim, os Cinemas Trianon e Triunfo, os carnavais do Clube dos Fumicultores, os festivais de bebidas, festas da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, vaquejadas na região…
Esposa, mãe, administradora de fazenda, vendedora ambulante, lojista, mulher de vanguarda… Assim, Dulcinéia Ferreira Gama (Dulce), é uma das Raízes de Arapiraca.
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