Sinopse
Nasceu no dia sete de Setembro de 1940, no Sítio Gruta D’água, Arapiraca-AL, que surgiu do Rio Perucaba que passa nas imediações e nas proximidades do mesmo. Existem várias nascentes e conforme diz o povo simples “minava muita água” e por isto eles chamavam o local de Gruta D’água. O nome popularizou-se por toda a região. Com a riqueza abundante da água, banhou-se nas correntezas do riacho, bebendo das inúmeras fontes espalhadas por ali.
Filho de Manoel Luis e Maria do Carmo, ambos agricultores, formados na terra e no cabo da enxada, e foi na enxada que o menino Efenor início na labuta ao lado de seus pais.
Nas horas vagas, dos verões ou no cair da noite, brincava de correr, de se esconder, ouvir histórias de trancoso: caipora, fogo corredor, mula sem cabeça, além de outras lendas do folclore brasileiro. Quando escutava o barulho de avião, se escondia achando que o mundo ia acabar.
Aos domingos, acordava e ia assistir à missa na Vila Bananeira. Viagens a pé, bate papos no caminho, trivial que jamais de deixou suas lembranças. O pai nosso, a Ave Maria, às bênçãos do padre, os cantos sacros, uma vida tranquila, na filosofia cristã. Sempre participava das festas tradicionais deste Povoado.
Nas segundas-feiras seguia logo cedo na companhia de seus pais, em viagens a pés, para fazer as compras na feira de Arapiraca. Segundo conta ele, no trajeto até chegar nas proximidades do Centro de Arapiraca, eram contadas sete casas. Umas bem distante da outras. Caminhos estreitos chamados de varedos e varedinhos!
Na adolescência, passou a plantar milho, feijão e arroz, nas terras férteis de sua Gruta D’água.
Conheceu a esposa Maria Cícera em seu recanto. O casamento foi realizado na Igreja Nossa Senhora Divina Pastora, em Junqueiro- AL. Após o casamento, passou a exercer a profissão de marceneiro e por várias vezes vendeu portas na feira de Arapiraca.
Durante os inverno, trabalhava em rolando bolas de fumo. Tradição de outrora. Varava a madrugada. Trabalhando, contando e ouvindo histórias. Também trabalhou nos currais e salões de fumo e contratava as destaladeiras trabalhavam cantando versos à noite inteira. O canto do patrimônio imaterial.
Quando a situação apertava, ia aventurar- se em São Paulo, em busca de emprego. Fez várias viagens. Sempre com o pensamento do retorno à sua terra natal.
Conheceu e conviveu com figuras expoentes da história de Arapiraca. Antônio Izidoro, Luiz Pereira Lima, Claudenor de Albuquerque Lima, Luis Santos, José Vieira, entre outros.
Frequentou as Santas missões de Frei Damião. Viajou várias vezes no pau de arara para Juazeiro do Padre Cícero Romão. Participou das festas de Nossa Senhora do Bom Conselho, e assistiu apresentações folclóricas de Pastoril, guerreiro, banda de pífanos, quadrilhas juninas, entre outros eventos culturais de sua cidade .
Esposo, pai, agricultor, enrolador de fumo, marceneiro, memória dos acontecimentos marcantes, evolutivos da Terra de Esperidião Rodrigues. Assim, Efenor Luis dos Santos, é uma das Raízes de Arapiraca
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