Sinopse
Nasceu no Povoado Pau de Descanso, município de São Miguel dos Campos – AL. Foi nesta terra, outrora formada por imensas plantações de arroz, que seus pés deram os primeiros passos, que por vezes sentiu na sombra da árvore que batizou seu povoado, o descanso aprazível das jornadas das brincadeiras de infância, e dos longos dias de trabalhos na roça, ajudando seus pais: Manoel Duda dos Santos e Maria Celestina, que mantinham um roçado de milho, feijão, mandioca e outras lavouras.
Nas noites, cansou de vê as caiporas circulando sua casa, além de outras lendas do folclore brasileiro, que comumente faziam parte do mundo fantástico das crianças de outrora.
Não frequentou a escola, apesar de seu pai ter sido professor. Sua escola foi a da vida! Que tudo ensina com o passar do tempo, e nela tornou-se mestra. Aprendeu a ler e a escrever por conta própria.
Em 1948, Eugênia e seus familiares, vieram para Arapiraca, morar no Sítio Batingas. Seu pai, Manoel Duda, passou a vender madeira na cidade, aproveitando um dos períodos áureos da cultura fumageira. Neste tempo, o Sítio Batingas era cercado por plantações de mandioca, feijão, milho e algodão.
Aos 22 anos de idade, Eugênia casou-se com José Galdino dos Santos, natural do Sítio Cangará da Serra, município de Palmeira dos Índios – AL e recém chegado em Arapiraca. O casamento foi realizado na Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho em cerimônia realizada pelo Padre Epitácio Rodrigues.
O esposo de Eugênia passou a trabalhar no plantio de mandioca, posteriormente foi proprietário de uma bodega. Com o crescimento nos negócios, passou a plantar e a vender fumo, chegando a ser um um dos grandes empreendedores no setor fumageiro de Arapiraca. Mesmo com o plantio de fumo e ascensão econômica, José Galdino manteve a bodega, conhecida como Bodega do Zezinho.
Eugênia e José Galdino, também foram feirantes e tinham uma banca de cereais na feira de Arapiraca. Ajudou seu marido, a fundar a empresa Real Arapiraca, sendo um dos pioneiros no setor de transporte coletivo. Também foi pioneiro no setor da energia das Batingas, se associando a Valdomiro Barbosa que passou a fornecer energia para este Povoado. Zezinho Galdino, adquiriu a fábrica de Vinagre Camarão, que tem em sua história a marca de ser uma das primeiras fábricas de Arapiraca, fundada em 1949, por João Loula, que funcionou por décadas na rua da Quitanda, atual Rua Manoel Abreu, ao lado da Delegacia Velha e Intendência de Arapiraca.
Eugênia trabalhou muito nas casas de farinha e a cada trabalho realizado passava a cantar com os trabalhadores.
Recebeu em sua casa Frei Damião, o Santo Capuchinho, uma honra imensurável.
Artista da vida, artista das cores! Eugênia faz belíssimas pinturas em capas de livros, Com todas as Cores!
Esposa, mãe, agricultora, bodegueira, artista plástica, empreendedora. Uma vida cintilante. Assim, Eugênia Duda dos Santos, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
Ficha técnica:
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 21ª Edição | Entrevistador Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 01 de setembro de 2024 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.
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