Sinopse
Nasceu no dia 03 de fevereiro de 1943, na Fazenda Três Fortunas, antiga Mosquito, atual cidade de Campo Alegre – AL. O cheiro da terra mexida, o canto dos Bem-te-vis, as flores silvestres aos montes, exalando perfumes, os ventos a tintilar as palhas dos coqueiros, bananeiras, folhagens cobrindo o chão, formando um tapete natural, o fogão de lenha já acesso, o cheiro do café fervendo, era mais um sinal de um dia que estava alvorecendo na fazenda. Doces memórias.
Filha de Adelino Eluziário e Josefa Emília, agricultores dos cultivos de batata doce, milho, feijão… Foi na roça que iniciou no trabalho com apenas sete anos de idade, e ajudava na criação de bois, porcos, bodes e galinhas. Nas horas vagas, gostava de ouvir estórias de trancoso, contadas por seu pai e familiares. As lendas do Fogo Corredor, da Caipora, da Mula Sem Cabeça, do Curupira, entre outras.
Brincar no terreiro da fazenda, de correr, de esconde esconde, de boneca de pano, de milho, calunguinhas, lembranças da sua feliz infância.
Os estudos fizeram parte de sua rotina na infância e na juventude. Para chegar até a escola, ia montada no velho carro de boi, ouvindo o rangido das rodas, o movimento da força dos bois, a alegria constante de uma primavera encantadora!
Morou na Fazenda Três Fortunas até os seus quinze anos de idade. Tempo suficiente para ter vivido intensamente cada momento desta idade dourada!
Em 1963, conheceu Ernesto José dos Santos, com quem casou-se no Cartório Civil de São Miguel dos Campos – AL, neste mesmo ano vieram morar em Arapiraca. O esposo que era caminhoneiro foi trabalhar para Seu Euclides. Com o passar do tempo foi ser caminhoneiro do empresário José Otacílio Pereira (Zé Mazzarope), no transporte de combustíveis para abastecer o posto em Arapiraca.
Em Arapiraca passou a ser costureira e fez os uniformes para as bandas de fanfarras que desfilavam em comemorações cívicas da terra de Manoel André.
A sociedade arapiraquense se vestiu com suas obras de arte. Ainda hoje, mantém como hobby esse ofício.
Gostava de assistir filmes no Trianon e Triunfo; passear pela Praça Marques da Silva; percorrer os espaços entre as bancas de madeira da feira de Arapiraca, assistir aos comícios de outrora; andar nos brinquedos instalados no Centro, em homenagem à Nossa Senhora do Bom Conselho, participar das Santas Missões de Frei Damião…
Esposa, mãe, agricultora na infância e juventude, costureira prendada, bordadeira… mulher destacada. Assim, Heloísa Eluziário dos Santos, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
0 comentários