João Rodrigues dos Santos – (João Cesário)

O Cavaco Chinês
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Sinopse

Nasceu no dia 24 de junho de 1935, na cidade ribeirinha de Propriá – SE. O Rio São Francisco foi seu quintal, banhou-se nas águas frias do Velho Chico. Pescarias, viagens de navio e canoa para ir a Penedo, de um lado para o outro, excursões até Piranhas, a bordo de veículos navegáveis, fizeram parte de sua infância e adolescência.

Filho de Cesário Firmino dos Santos e da administradora do lar, Celeste Rodrigues dos Santos.

Em 1950, mudou-se para Penedo, e lá, seu pai passou a fabricar e vender cavaco chinês. Ele conta que ficava olhando seu pai fazendo o cavaco e que o mesmo saía pelas cidades circunvizinhas, acompanhando seu pai, carregando uma lata redonda, tocando no triângulo, e oferecendo a deliciosa iguaria.

Em 1951 veio acompanhando seus familiares para Arapiraca, indo morar na rua Estudante Jose de Oliveira Leite, neste período conviveu com o estudante José de Oliveira Leite, que mais tarde, depois de uma trajedia no mar de Maceió, veio a falecer e foi homenageado com o batismo deste logradouro. Participou do comovente velório deste seu amigo, a cidade ficou em prantos com essa morte precoce.

Testemunhou também, a morte do jovem, Hugo José Câmelo Lima, assassinado em uma festa organizada pelo mesmo. No local que alguns anos mais tarde, seu pai, Prefeito Francisco Pereira Lima, construiu uma escola em homenagem ao jovem Hugo.

João acompanhou de perto a violência política do passado. Viu estendido em frente a Sorveteria Pinguim o corpo do médico e Deputado José Marques da Silva.

Frequentou o sobrado de Luiz Pereira Lima, e viu os carros conduzindo os convidados para a festa de casamento de Coaracy da Mata Fonseca e Silvia Albuquerque, realizada no famoso sobrado.

Sempre gostou de assistir filmes nos Cines: Leão, Trianon e Triunfo. Passear pela Praça Gabino Besouro, atual Praça Marques da Silva, assistir as apresentações folclóricas de pastoril, guerreiro, quadrilhas juninas e ouras manifestações culturais.

Em 1965, mudou-se juntamente com seus pais para rua Boa Vista, no Centro de Arapiraca, lá seu pai montou uma bodega que se vendia de tudo. Uma lapada de pinga, meiota, um copo de vinho de Gengibre ou do Quentinho, Xucurus, copo de óleo, uma colher ou mais de café, 100 gramas de açúcar ao quilo… vassoura de palha, querosene, caixa de fósforo, fumo em rolo, quebra queixo, bananola, cocada, farelo de milho e de trigo, bacalhau, sardinha pior sem ela e muito mais. Neste tempo essa rua era cercada de currais de fumo.

Não se casou. Teve um relacionamento que durou nove meses, tendo um filho deste namoro.

Passou a vida inteira trabalhando ao lado do pai.

Filho, pai, irmão, tio, amigo, bodegueiro…Assim, João Rodrigues dos Santos (João Cesário), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Ficha técnica

23ª Edição | Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistador Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 09 de março de 2025 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS (Clodoaldo da Silva), Caio Ceza | Piloto de Drone Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Suely Mara Lins Melo, Alexandre Nunes | Edição Trailer Tony Tenório | Edição Filmes Caio Ceza, Fábio Barros, Patrick Farias, Igor Nicacio, Lucas Mariano, Jean Marcel | Edição Trailer Tony Tenório | Projeto gráfico Aldo CS, Malu Aragão | Suporte site Walber Jefferson | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.

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