Sinopse
Nasceu no dia dez de outubro de 1945, em Lagoa da Canoa-AL. Veio recém-nascido, para morar na rua da Aurora, atual rua Vereador Domingos Vital, Alto do Cruzeiro, Arapiraca-AL. Espaço das tradições, das famílias amigas que se encontravam nas calçadas das casas; ao redor de um rústico cruzeiro de madeira, encravado no espaço central, que transformou-se em um dos berços culturais desta centenária terra. Ali viu surgir as festas de fim de ano; a moçada bonita dançando o pastoril; o colorido, a alegria vibrante, tomavam conta daquele palco aberto de cultura popular e festa sacra.
Filho de um dos maiores nomes da história de Arapiraca, o ex-vereador e ex-presidente do Poder Legislativo Municipal, o caminhoneiro Pedro Arestides da Silva e da administradora do lar, Maria Olindina dos Santos. Ambos viúvos, tiveram um relacionamento e deste enlace nasceu “Cicinho.”
Brincadeiras de jogar notas com embalagens de cigarros, pião, chimbras nas estradas de barro com alguns amigos de infância. Entre eles, o médico Geraldo Vital, Benzoaldo Paulino, Nezinho Bernardino e outros.
Já aos sete anos de idade iniciou na viração de fumo, no cerqueiro de Antônio Pereira Neto, seu vizinho, dali em diante, foram vários anos trabalhando para membros desta ilustre família arapiraquense.
Estudou em um salão, improvisado de escola, na rua da Aurora, com a professora Branca e a comerciante e mestra Afra de Albuquerque Lima. Uma das mais destacadas mulheres da história de Arapiraca. Nesta escola também tinha a famosa palmatória. Segundo ele: “Essas suas professoras batiam suave.” Ainda se recorda da palmatória de madeira maciça do professor Né da Sinforosa! ” Tão grande, quanto assustadora!” Por várias vezes chegava a ficar uma hora de joelhos, de castigo.
Aos vinte anos de idade, conheceu Marluce Maria, com quem casou-se na Igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho (Igreja do Santíssimo), em cerimônia realizada pelo Monsenhor Antônio Neto.
Em 1965 foi trabalhar como marchante no Mercado Público Municipal. Pouco tempo depois montou um açougue no Alto do Cruzeiro. Ainda colocou bancas de carne para venda nos dias de feira no Centro de Arapiraca. Foi proprietário de um açougue nos Caititus, e fornecedor de carne para açougues instalados no mercado e na região.
Em 2004 montou uma serralharia, especializada no fabrico de utensílios de ferro – arte útil, tendo ele mesmo como fabricante.
Em sua longa jornada, trabalhou nas várias etapas da produção fumageira. Também foi funcionário da Sorveteria Pinguim…
Esposo, pai, agricultor, marchante, serralheiro… uma das figuras mais queridas da cidade. Assim, José Cícero dos Santos (Cicinho), é uma das Raízes de Arapiraca.
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