Sinopse
Nasceu no dia treze de maio de 1943, no Sítio Serra Verde, Igaci-AL. Ali bebeu das fontes de água do Acioli, ouvia o barulho do trem, que apitando anunciava a chegada e a partida de gente! Também ouvia o som das boladeiras (descaroçadores de algodão), em movimentos frenéticos, sinais do período áureo da economia de seu berço de natividade. Assim, ele foi visualizando as nuances deste tempo.
Da Serra Verde, avistou seu futuro. Os caminhos a percorrer, e que foram percorridos. Preservação da dignidade e da cultura herdada por seus ascendentes, que foram preservadas e estão vivas, sendo levadas adiante. Rastros em sua linha do tempo que marcam sua trajetória.
Filho de José Lourenço da Silva e Odália Maria da Conceição, agricultores. Profissão que desde criança aprendeu na prática nos roçados de seus pais, principalmente no plantio de arroz, mandioca, milho e feijão.
Saiu de sua Serra Verde aos nove anos de idade, indo morar no Sítio Genipapo, Arapiraca-AL. Quando tinha doze anos a região deste sítio passou por uma seca escaldante, obrigando o mesmo a ir buscar água em Coité do Nóia, no lombo do cavalo, assim foi sua rotina, além do ofício no roçado.
Estudou em casa velha, improvisada de escola, ali mesmo no Genipapo. Teve como mestras: Quitéria e Margarida, que lhes ensinaram, o básico para a vida.
Desde cedo participou das festas populares da região, os forrós no Sítio Genipapo; as festas de fim de ano no histórico Alto do Cruzeiro, com apresentações de guerreiros, pastoris… as festas da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, entre outros festejos culturais.
Em 1958 conheceu Maria Josefa, casaram-se no dia 15 de dezembro 1962, na Igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho, em cerimônia realizada pelo Padre Jefferson de Carvalho.
Em 1966, foi morar no Sítio Mangabeiras, onde plantou fumo para o fazendeiro e um dos grandes personagens da história de Arapiraca, José Henrique de Brito.
Em 1970, comprou um terreno no Serrote dos Dias, onde produziu fumo. Mas, houve uma grande seca neste ano, ocasionando seu retorno para Mangabeiras.
Em 1971, foi aventurar-se com a família no estado do Paraná, onde passou dois anos trabalhando na lavoura de café. Em 1980, retorna para Arapiraca, indo morar no atual endereço, na rua Francisco Pereira de Albuquerque, no histórico Bairro dos Caititus.
Em Arapiraca, montou uma fábrica de cadeiras de ferro, muito comum na época. Chegou a fabricar 480 cadeiras por mês. Equivalente a 1600 quilos de ferro cortados. Chegou a ter quatorze vendedores dessas cadeiras na região.
Desportista, fez amizade com o primeiro goleiro do time do ASA de Arapiraca, Luizinho Evangelista. Foi presidente do time amador, União São João, dos Caititus.
Artista. Atualmente é enrolador de cadeiras, com o material denominado de macarrão.
Esposo, pai, agricultor, fabricante de cadeiras de ferro, enrolador de cadeiras, desportista, memória viva de sua terra. Assim, José Lourenço Filho (Borboleta), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
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