Sinopse
Nasceu no dia 26 de maio de 1942, em Tacaratu-PE. Filha do casal de agricultores: Raimundo Queiróz e Maria da Conceição. Lindinalva foi adotada, pela prima de sua genitora, Bilô. Mudando-se para o Sítio Lagoa, ali mesmo em Tacaratu. Nesta sua nova localidade passou a cuidar de cavalos, jumentos, vacas, porcos e galinhas, além do trabalho na roça.
Nos poucos momentos de folga, brincava de bonecas, de pega pega, de se esconder, ouvir estórias de trancoso, e lendas do folclore brasileiro.
Aos oito anos idade, iniciou, em um grupo de Guerreiro de sua cidade. Dançou, cantou, se misturou com o brilho dos figurinos. O colorido a fez de estrela nesta constelação!
Aos treze anos de idade, ela veio para Arapiraca, indo residir na rua 13 de Maio, atual Av. Governador Luiz Cavalcante, no Alto do Cruzeiro. Residência dos tios: Manoel Queiróz, Gregório e Silvestre Queiróz, artesãos do fabrico de redes. Assim iniciou sua jornada como vendedora de redes nas feiras de Arapiraca e região. Em uma das viagens para vender redes, ela perdeu o tio, Manoel Queiróz, vítima de um acidente na ponte de Feira Nova, atual cidade de Teotônio Vilela-AL.
Ainda solteira, Lindinalva e as amigas se deslocavam do Alto do Cruzeiro até o centro de Arapiraca, para pedir músicas de Altemar Dutra e Nelson Gonçalves, no serviço de alto falante do José de Sá.
Frequentou os pastoris do Alto do Cruzeiro, e por várias vezes presenciou Nenêca Francelino, colocando dinheiro nas cestas do cordão encarnado, sua cor preferida! Também frequentou as festas da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho; a Praça Deputado José Marques da Silva; os Cines: Trianon e Triunfo, além de contemplar a magia da fonte sonora luminosa.
Foi destaladeira de fumo nos salões de fumo do Manoel Pereira Santos (Seu Santo) e João Terto. Nos finais de safra, participava dos concursos do derradeiro dia de fumo, vencendo o concurso como melhor sorriso e brilho no olhar.
Aos dezoito anos de idade, conheceu Rosalvo Francisco, com o qual casou-se em cerimônia realizada pelo Padre Antônio Neto, na Igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho. Após o casamento, houve uma grande festa, com os sanfoneiros no salão de Manoel Traquino.
O esposo, passou a trabalhar na casa de farinha do João Terto. Além de trabalhar no fabrico de farinha, trabalhava no curral de fumo do Abílio Ventura, no Cavaco.
Ao lado do esposo, foi vender comida em uma banca, nas segundas feiras, na feira de Arapiraca. Também venderam alumínio na Av. Rio Branco.
Na Vila São Francisco, ela idealizou, depois de uma promessa, a festa das crianças, todo 24 de dezembro.
Atualmente é artesã de fuxico, depois de uma longa batalha nos campos agrícolas.
Esposa, mãe, feirante, destaladeira de fumo, agricultora, artesã, mulher de fibra, representa bem as mulheres desta terra. Assim, Lindinalva Maria de Queiróz, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
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