Marina de Melo Aniceto

O Coito de Lampião
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Sinopse

Nasceu no dia 23 de junho de 1926, no Sítio Uruçú, cidade ribeirinha de Traipu-AL. Ali seus familiares andavam na canoa de Propriá à Pão de Açúcar. Essas belezas, fizeram parte do seu cotidiano. O próprio Rio São Francisco foi a extensão do seu quintal. No terreno de seus avós tinham duas lindas lagoas, repletas de peixes. Este foi o cenário de sua infância.

Filha de Leopoldino Tenório de Albuquerque e Áurea Melo Silva, seus genitores eram viúvos quando se conheceram, desta forma o pai de Marina tinha nove filhos com a finada esposa, já a mãe tinha dois filhos com o esposo falecido.

Foi criada em uma casa espaçosa, onde brincava com as três bonecas de pano compradas por sua mãe. Brincou pouco, pois quase não tinha tempo, porque rotineiramente ia buscar lenha na cabeça e carregar água para abastecer a casa. À noite, já cansada do dia inteiro de serviços, tinha como companhia, a claridade da luz do candeeiro ou das noites enluaradas, sentindo o frio gostoso das noites do Sertão.

Ela tinha muito medo de Lampião. À noite, sem rádio e sem televisão, eram as histórias que as pessoas mais gostavam de contar.

Ela trabalhou nos roçados de arroz, na área brejada, pelas águas da lagoa, profissão ensinada por sua mãe que plantava arroz e hortaliças. Depois de cultivadas era só colher. Sua genitora cortava os feixes de arroz e ela os carregava na cabeça. Era só secar no terreiro, pastorar para os passarinhos não comerem, e ela fazia o trabalho de pisar no velho pilão de madeira de Massaranduba.

Ainda jovem, mudou-se para Porto Real do Colégio -AL, na companhia de seus familiares. Ali tinha a incumbência de torrar o café, misturado com açúcar ou rapadura.  “Quando a torrefação era com rapadura ficava muito gostoso! Conto ela.

Sua primeira escola foi em Lagoa Funda – SE. Neste período sua mãe alugou uma casa, ali estudou apenas um ano, retornando para Mumbaça para continuar os estudos.

Aprendeu a bordar, a fazer o ponto de cruz, só de olhar as bordadeiras bordando. Assim foi vendendo suas produções, ao ponto de exportar quase tudo para o Rio de Janeiro.

Em 1946, conheceu Durval Aniceto, que era natural de Limoeiro de Anadia – AL, em Porto Real do Colégio, ele prestava serviço ao Ministério da Agricultura. Casaram-se na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Porto Real do Colégio, casamento celebrado pelo Padre Otacílio.

No dia 20 de abril de 1966 veio morar em Arapiraca, já que seu marido tinha sido transferido. Foi morar na rua São Pedro, no Alto do Cruzeiro. No dia 01 de outubro de 1966 mudou-se para rua Nossa Senhora Aparecida, Centro da cidade.

Continuou costurando e comprava os tecidos na Casa Lima, Casa São Paulo e na loja do seu Luís Santos. Os tecidos para bordados eram comprados em Sergipe.

Nadar nas águas doces do Rio Francisco, foi o que mais gostou de aprender. Ainda hoje mantém sua casa por lá, mas já não existe nenhum dos seus familiares da época de sua infância, afinal, ela carrega em sua existência o privilégio de quase um centenário.

Esposa, mãe, agricultora, exímia bordadeira e costureira. Assim, Marina de Melo Aniceto, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Ficha técnica:

25ª Edição | Idealização e direção: Ricardo Nezinho | Entrevistador: Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação: Arapiraca/AL | Data de Lançamento: 16 de março de 2025 | Produção executiva :Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS (Clodoaldo da Silva), Caio Ceza | Piloto de Drone: Jimmy Gonçalves | Historiador: José Sandro | Diretor de Produção: Aldo CS | Filmagem e Fotografia: Sandro Ferreira | Técnico de som: Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores: Isve Cavalcante, Suely Mara Lins Melo, Alexandre Nunes | Edição Filmes: Caio Ceza, Fábio Barros, Patrick Farias, Igor Nicacio, Lucas Mariano, Jean Marcel | Edição Trailer: Tony Tenório | Projeto gráfico Aldo CS | Suporte site: Walber Jefferson | Trilha de abertura: Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico (Abertura): Marcelo Mascaro.

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