Marinalva Teles dos Santos Lima (Maria)

O Cristalino das Águas
TRAILERFILME

Sinopse

Nasceu no dia 23 de Abril de 1944, em Chã Preta-AL. O cotidiano singelo pelos poucos arruados de sua plaga de nascimento, fizeram parte de sua infância. Brincadeiras diversas, O verde viçoso das matas que circudavam sua casa, o cristalino das águas que escorriam do riacho, perene caminho das redondezas, que próximos de suas bordas, seus pés pisaram, fazem parte de suas memórias.

Brincou demais com bonecas de pano, calunguinhas de espigas de milho, de esconde-esconde, de cozinheira, pega pega, boto e outras diversas brincadeiras, além de ouvir histórias de trancoso: a mula sem cabeça, o fogo corredor, as sombras das noites que revelavam as almas penadas!

Filha de Abílio Teles dos Santos e Felícia Ferreira da Silva, ambos agricultores; Assim desde cedo embrenhou- se nos roçados, no cultivo de milho, feijão e mandioca. A limpeza do mato já cortado era feita por ela, sem nunca reclamar. Lições de vida.

Ainda criança, mudou-se para o Distrito de Palmerina de Garanhus em Pernambuco. Neste espaço de domínios dos Rios Mundaú, Inhumas, fez deste paraíso sua nova morada.

Continuou sua labuta na roça, sempre auxiliando seus pais na cultura de subsistência.

Iniciou os estudos em uma casa simples de Palmerina, quando não acertava os exercícios, a palmatória trabalhava em suas mãos. Ali estudou até o fundamental menor.

Aos dezoito anos de idade, retornaram  para sua terra natal, Paulo Jacinto. Ela percebe que nada tinha mudado, tudo continuava como antes.

Aos dezenove anos de idade, veio juntamente com os familiares para Arapiraca.  Foi trabalhar nos salões de fumo, destalando e juntando folhas do ouro negro. Nesta época a cidade vivia no período áureo da cultura fumageira.

Trabalhou em vários currais de fumo e na cultura de algodão, em especial do Manoel Pereira Filho( Deputado Nezinho), no Sítio Mangabeira. Trabalhou nas indústrias de beneficiamento de fumo:  Souza Cruz, Cacique,  Rio Grande, Carvalho e Falcão e no salão de fumo  do fumicultor Barroca, além dos vários salões da Rua São Paulo, Rua São Pedro e adjacências.

No mesmo ano em que chegou em Arapiraca,  conheceu José Mariano de Lima, com quem casou-se em cerimônia realizada na Igreja Velha de Nossa Senhora do Bom Conselho, em homilia celebrada pelo Padre Epitácio Rodrigues.

Nos tempos de dificuldades para água, lavava roupas na Fazenda dos Nunes, nas Olarias, atual Bosque das Arapiracas. Era uma festa um muitas de mulheres na lavagem de roupas e a meninada a se banhar-se nos vários tanques de água, espalhados pelo lugar.

Marinalva foi vendedora de milho assado por diversos anos. Seu local de trabalho era em frente a Loja Lima, um pouco acima da ponte do Alto do Cruzeiro e na centenária feira de Arapiraca.

Participou das festividades do final de ano do Alto do Cruzeiro, da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, no Centro de Arapiraca, das Santa missões de Frei Damião, além de festas de Santos da região.

Esposa, mãe, agricultora, destaladeira de fumo, funcionária das várias empresas beneficiadoras de fumo, vendedora de milho assado, memória viva desta centenária cidade. Assim, Marinalva Teles dos Santos Lima(Maria), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Ficha técnica:

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 22ª Edição | Entrevistador Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 10 de novembro de 2024 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS (Clodoaldo da Silva), Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.

0 comentários