Marinete Lourenço de Souza Silva

A Artesã do Colchão de Capim
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Sinopse

Nasceu no Sítio Olho D’água dos Cajuzinhas, Arapiraca – AL. Fundado por Manoel Cazuzinha, José Cazuzinha, Chico Cajuzinha e João Cazuzinha, os irmãos ao chegarem na comunidade encontraram uma nascente, um olho d’água, e logo chamaram o lugarejo na época com apenas nove casas de Olho d’água do Brejão. Sendo eles  os primeiros moradores da comunidade logo o povo passou a chama – lo de Povoado Olho d’Água dos Cazuzinhas.

A igreja da comunidade foi construída em 1912,  de taipas ela. Foi erguida de alvenaria em 1924. Neste espaço de tradição a menina Marinete, brincou, viveu sua infância plena de alegria solta, solta a correr pelas dimensões de seu berço de nascimento. Só faltou-lhe o ensino das letras e números, pois sua escola foi à própria existência. Um cabo de enxada e roças. Coragem para enfrentar as batalhas da vida, com altivez, como uma verdadeira guerreira.

Filha de José Lourenço e Ursulina Maria da Soledade, ambos agricultores. Mestres da tenacidade, cujos ensinamentos ela se dedicou a aprendê-los  e tornou-se igualmente mestra.

Aos dez anos de idade, Marinete perdeu seu pai,  e passou a residir com a avó, Amélia Maria, na rua Dom Jonas Batingas. O avô, José Pereira, trabalhava na roça, enquanto a avó trabalhava na produção de óleo de mamona, muito utilizado para abastecer os candeeiros e fogões a lenha da época.

Marinete viveu sua adolescência na rua Dom Jonas Batingas, entre os sítios de fruteiras e roçados, principalmente de fumo.

Durante sua juventude, trabalhou nos salões de fumo do Luiz Magalhães e em alguns salões da rua São Francisco. Ali ouvia o canto das destaladeiras de fumo, para afugentar o cansaço e o sono da longa jornada do dia.

Aos dezoito anos de idade, Marinete conheceu Erondino Tavares da Silva e casou-se no Cartório do 2° Distrito do Registro Civil de Arapiraca, o cartório da Alvacy de Souza Vieira, situado a rua 15 de Novembro, Centro.

Após o casamento, Marinete passou a trabalhar na fabricação de colchão de capim. Os colchões eram vendidos nas feiras e distribuídos para a Usina Guaxuma, em Coruripe.

Em 1982, Marinete ficou viúva e foi morar em Teotônio Vilela – AL, onde foi proprietária de uma movelaria. Após alguns anos, retornou para Arapiraca e continuou com a venda de móveis, no espaço da centenária feira, idealizada por Esperidião Rodrigues da Silva.

Fez história como artesã do velho colchão de palha de junco, que tanto serviu a comunidade arapiraquense. Com o passar do tempo foi aparecendo os colchões de espuma, substituindo o colchão de capim, revestido com tecido florido de chita. Atualmente Marinete trabalha com à venda de móveis usados.

Frequentou as missões de Frei Damião e as procissões de Nossa Senhora do Bom Conselho, assistiu as apresentações folclóricas de guerreiro, pastoril, reisado, bandas de pífanos, quadrilhas juninas e outros eventos culturais de sua Arapiraca.

Esposa, mãe, agricultora, artesã do fabrico de colchão de capim, feirante, empresária do ramo de móveis, mulher notável deste primeiro centenário. Assim, Marinete Lourenço de Souza Silva, é uma das Raízes  de Arapiraca.

Ficha técnica:

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 21ª Edição | Entrevistador Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 01 de setembro de 2024 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.

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