Sinopse
Nasceu no Povoado Chorador, Quebrangulo-AL. Atualmente é povoado pertencente a Palmeira dos Índios-AL. Cresceu se banhando nas águas do Rio Paraíba do Meio, nas águas mansas do Rio Cacimbinhas, e outras nascentes. Um paraíso das águas doces, que se fizeram o mel da sua infância.
Filho de Antônio Francisco dos Santos e Maria Francisco dos Santos, ambos agricultores. Seu pai participou da Revolta de Juazeiro-CE ou Sedição em 1914, liderada por Padre Cícero Romão, fez parte de um grupo de camponeses que resistiram à invasão das forças federais em Juazeiro. Seu genitor, também fez amizade com Lampião, o rei do Cangaço, o auxiliando quando este e seu grupo se arranchavam na região de Quebrangulo.
Logo cedo iniciou no trabalho, manuseando uma enxada, e já aos doze anos de idade foi ajudar seu pai na lida com o gado leiteiro.
Tornou-se especialista em amansar gado bravo, burros e outros animais. Ficou ali até seus quinze anos de idade, já que a regra do trabalho chegava a beirar ao regime da escravidão. Foi morar em Pão de Açúcar-AL, da cidade até seu recanto era uma distância de três léguas. Mudou-se mais uma vez para o Povoado do Massapê em Feira Grande – AL, foi quando Iniciou seus estudos aos dezoito anos de idade, mas devido a um castigo imposto pelo professor, só permaneceu dois meses na escola.
Nelson retornou para o sítio em Quebrangulo, onde trabalhou como vaqueiro e carreiro. Também costuma tirar leite das vacas. Lá plantou mandioca, feijão, milho e algodão.
Nelson escutava o assovio da caipora nas matas das fazendas onde trabalhou, viu o fogo corredor e um fantasma na mata onde caçava. O que para muitos são lendas, para ele é realidade.
Conheceu Neuta, uma jovem da cidade de Quebrangulo, casaram-se no Povoado Monte Alto, pertencente a Palmeira dos índios.
Em 1973, Nelson, a esposa e alguns filhos vieram para Arapiraca. Aqui foi trabalhar na cavação de canteiros para o plantio de fumo na área do atual bairro Primavera. Trabalhou na construção civil, construindo centenas de casas em Arapiraca. Foi um dos pedreiros que construiu o Hospital Afra Barbosa.
Inseriu-se nos espaços da cultura como espectador, assim sempre que podia, ia a feira de Arapiraca, nas vaquejadas da região, nos carnavais do Clube dos Fumicultores, nos famosos passeios pela Praça Marques da Silva, nas festas do Alto do Cruzeiro, da Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho e nos comícios da cidade.
Esposo, pai, agricultor, vaqueiro, pedreiro, um dos nomes que ajudaram no desenvolvimento e na grandeza dessa terra.
Assim, Nelson Francisco dos Santos, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
Ficha técnica:
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 21ª Edição | Entrevistador Aldo CS (Clodoaldo da Silva) | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 01 de setembro de 2024 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.
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