Sinopse

Nasceu no dia vinte e sete de agosto de 1929, na rua da Lagoa, em Palmeira dos Índios – AL. Viveu em casa modesta, arrodeada de imponentes palmeiras, paisagem ambiental, criação artística da própria natureza, que fez parte de sua infância!

Filha de Maria Madalena da Costa e Cícero Tertulino Filho, agricultores e agropecuaristas. Seu avó paterno era proprietário de um engenho instalado nas férteis terras de Quebrangulo- AL.

O rústico fogão a lenha com três bocas, geralmente acessas, fervia o bule cheio de café e o exalante cheiro tomava conta do espaço da cozinha. Era o chamariz de mesa cheia!

Conta ela que “seu pai comprava carnes, salgava, colocava no sol para secar para guardá-la. E que neste tempo, charque e bacalhau eram comidas de pobres! Ricos não comiam estes alimentos!”

Sua mãe costurava para os membros da própria casa. Logo aos doze anos de idade, aprendeu a arte da costura na alfaiataria de sua tia Maria.  Profissão que acompanha ao longo de sua quase centenária existência!

Estudou com a professora Maria, neste período ficou interna na residência de sua mestra!

Aos doze anos de idade, ficou na orfandade materna! Como era a primogênita ficou na responsabilidade de cuidar de seus irmãos e dos afazeres domésticos.

Em 1946, conheceu Vicente Fernandes, casando-se com o mesmo, na Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Índios! O sacerdote que celebrou seu casamento, foi o mesmo que a batizou e a consagrou na Primeira Comunhão, o Monsenhor Macedo (Francisco Xavier de Macedo), descendente das profundas raízes de Arapiraca. Depois de casada foi morar no Olho D’água do Acioli, atual cidade de Igaci – AL.

Em 1960, veio morar em Arapiraca, onde o esposo trabalhou na rede ferroviária local. O casal morou alguns anos nas casas da rede ferroviária federal, ao lado da estação de trem das Cacimbas, depois mudou-se para uma casa na rua Pedro Leão, no Bairro Baixão.

Sempre gostou de festas. Frequentou os bailes do Clube dos Fumicultores; as procissões da Padroeira de Arapiraca, Nossa Senhora do Bom Conselho; os passeios na Praça Marques da Silva; os lanches na Sorveteria Pinguim; os filmes assistidos nos cines Trianon e Triunfo; as compras na feira de Arapiraca, hábito mantido até a atualidade; participou das missas dos padres Epitácio Rodrigues, Antônio Neto, Jeferson de Carvalho e padre Américo, entre outros.

Faz parte da Idade Dourada! Fez amizade com Maria do Cartório, Nina Vital, professora Lisete França, entre outras damas da sociedade arapiraquense!

Dirigiu seu carro até os 92 anos de idade! Quando os filhos resolveram esconder a chave do veículo por preocupação.

Esposa, mãe, professora, primorosa artista na arte da costura. Com quase um centenário de história!  Assim, Odete Maria da Costa, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.