Sinopse
Nasceu em Coité do Nóia – AL. A família Nóia, pioneira daquela região, era proprietária das primeiras quatro casas que lá existiam.
O local ligava-se a Limoeiro de Anadia e a Arapiraca por diversas veredas.
Em Coité do Nóia, ela viveu até os dez meses de vida, e em 1947 veio na companhia dos pais e irmãos para Arapiraca, indo residir no histórico Alto do Cruzeiro; mais precisamente na Praça Santa Cruz, em frente ao rústico cruzeiro de madeira – marco da fé e tradição de seus antigos moradores. Foi do Alto que ela viveu na efervescência cultural, as famosas festas de fim de ano; os festejos populares, os brinquedos do parque de diversão; as meninas, os meninos inaugurando suas roupas novas, feitas pelas costureiras do lugar, o padre Epitácio Rodrigues a celebrar as missas, antes mesmo da construção da pequena Igreja de São José; o colorido das vestes das pastorinhas, o brilho, o canto do Guerreiro… A infância dar um brilho colorido aos seus acontecimentos.
Mudou-se para a rua Boca da Caixa atual rua 15 de Novembro, no Centro de Arapiraca. Por este motivo presenciou às feiras nas segundas, da porta de sua casa; acompanhou os movimentos culturais, entre sua casa e os palcos, ao ar livre da rua do Comércio. Ali ela brincou nos parques de diversões, em todo os brinquedos da festa: do barco ao carrossel. O carrossel da infância!
Filha do protético e odontólogo, Durval Pereira Moço e da administradora do lar, Maria Pereira Mendes, figuras relevantes da sociedade arapiraquense.
Iníciou os estudos na Escola Estadual Adriano Jorge, prosseguiu no Instituto São Luiz e concluiu o ensino médio no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho. Cursou o nível superior na FFPA(Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca), atual Uneal
(Universidade Estadual de Alagoas), graduando- se em Estudos Sociais.
Em 1962, o médico Dija Barbosa conheceu Vanilda durante o desfile de 30 de Outubro. Naquela ocasião, Vanilda foi destaque em um carro alegórico. Tinha apenas quinze anos. A fase dourada da existência! Casou-se e fez história ao lado de seu esposa, na saúde de Arapiraca.
Em 1957, Doutor Dija foi o pioneiro na implantação do Raio-X em Arapiraca. A primeira casa de saúde Afra Barbosa situava-se a rua Lúcio Roberto. O nome Afra Barbosa é em homenagem a mãe do Dija, que faleceu durante o parto, em 1936. A casa de saúde atendia as emergências da cidade e região. Por volta de 1990, o Hospital Afra Barbosa se estabeleceu a rua Esperidião Rodrigues, 98, tornando-se pioneiro em Tomografia, Mamografia e Raio-X.
Segundo Vanilda: “Dija foi um médico humanitário e com grande amor à profissão. Se negava a prática do aborto (comum à época) e estava sempre à frente de seu tempo, sendo visto por alguns como um visionário!”
Esposa, mãe, amiga, professora por formação, administradora hospitalar, mulher de fibra uma das destacadas arapiraquenses destes primeiros cem anos. Assim, Vanilda Mendes Barbosa, é uma das Raízes de Arapiraca.
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