Sinopse
Nasceu na rua do Arame, atual rua São Francisco, Centro de Arapiraca – AL. Em uma morada cercada por fruteiras; de sua casa ouvia o balançar das mangueiras e o canto harmonioso dos pássaros. Naquela época a cidade era tomado por plantações de fumo e árvores nativas que se perdia ao longo do espaço. De sua casa se via o Escola Estadual Adriano Jorge, primeiro templo do saber, estadual construído em Arapiraca.
Para ela, a maior dificuldade da época, era ter que ir buscar água no açude de água límpida do Baixão, oriundas do Riacho Perucaba. Seu pai equipava o jumento que trazia duas cargas de água. Era uma rotina trabalhosa e ao mesmo tempo uma festa. Quando chegava a água enchiam os potes, baldes e acumulava no porrão de barro.
Deixou a rua São Francisco para ir morar em um sítio de propriedade de seu pai, pois o mesmo, percebeu que não podia mais viver ali com tantos filhos. Já em outra casa, curtia a facilidade de se ter um riacho de água límpida, correndo ininterrupto em seu novo quintal, porém de água salinizada, de novo ia ela percorrer distâncias para lavar roupas e trazer água doce para os afazeres domésticos e consumo, lá no Povoado Brejo do Capitão Ursulino. Mesmo diante de tantas dificuldades, ela conta que não se cansava, pois foi acostumada e forjada no trabalho.
Brincadeiras de ouvir e contar estórias de trancoso, do lobisomem, do fogo corredor. Do local que ela morava mesmo distante da casa do avô, ia quase todas às noites brincar com os primas de bonecas calunguinhas. Ali também assistia os pastoris e vibrava com as disputas do azul e do encarnado!
Estudou na escola municipal com a professora Marinete, que também era sua prima, mesmo assim não se livrou de apanhar de palmatória e ficou muito de castigo.
Seu pai plantava mandioca e ela ia ajudá-lo no traquejo da terra. Sua mãe ficava em casa costurando. Além da roça e lavagem de roupas Elza ajudava sua mãe no acabamento das costuras. Ainda continuou a auxiliar sua tia, que também era costureira.
Conheceu seu esposo Nelson Quintino da Silva, em uma festa de quermesse. Viveu uma vida de tranquilidade, e amor pleno.
Deixou o Sítio Terra Limpa, e retornou para sua Arapiraca. Com apenas alguns meses na sua nova morada, perdeu seu marido. Ficou com nove filhos adolescentes. Seguiu em frente! Seus filhos tornaram – se pessoas destacadas no ramo empresarial de Arapiraca e região.
Esposa, mãe, agricultora, costureira, mulher destacada. Assim, Elza da Costa Quintino da Silva, é uma tradicionais Raízes de Arapiraca.
Ficha Técnica
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 18ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 17 de novembro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.
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