Genilda Corado de Lima

A Enrubrecida Existência
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Sinopse

Nasceu no Cavaquinho do Né Ângelo,  Sítio  Cavaco em Arapiraca-AL. Ali mesmo estudou, trabalhou nos roçados, brincou de boneca de pano que  ela mesma costurava os vestidos  de suas calungas, assistiu as apresentações folclóricas do Guerreiro e do Pastoril. Uma vida inteira de dedicação exclusiva para com seus familiares e sua terra Arapiraca.  Conviveu com a família Ângelo, do Antônio Ângelo. Naquele recanto histórico buscou água nos barreiros, colocava uma rodia na cabeça, assim apoiava o pote cheio de água doce. A escuridão da noite era clareada pelo pavio acesso do candeeiro.

Ela nasceu dez anos depois que Arapiraca foi emancipada, por isso conviveu com vultos históricos no Cavaquinho do Né Ângelo e no Cavaco dos Venturas.

Foi aluna da professora Lourdes do João Ribeiro, levou muito bolo de palmatória da professora Natália, na Escola Manoel André, que era situada ali mesmo  no Cavaco.

Há décadas é moradora de um imóvel adquirido por ela, de Antônio Messias, este,  membro da família Messias, que ali povoou Baixa Grande dos Messias ainda no final do século XIX.  É na curva da Baixa Grande, nas proximidades da  antiga Chã dos Levinos, atual Jardim Esperança, que ela reside, e ali  encontrou naquela curva o colorido perfeito de sua harmonizada existência!

Hoje ela se recorda do fogão a lenha, tirada da mata do Sítio Fernandes, do abanador a soprar aquelas fagulhas que logo enrubesciam, do evaporar da fumaça que se perdia na imensidão; do trem cargueiro e de passageiros a buzinar no longínquo espaço; da frondosa árvore denominada Barriguda, que batizou uma comunidade vizinha, atual Bairro Senador Nilo Coelho;  dos carros de boi, importante meio de transporte de gente e de produtos; da feira de Arapiraca nas segundas, com amontoados de panelas artesanais de argila, além dos vendedores de mangaios, que gritavam que ali tinham cura para  todos os males. Quanta saudade!

Seu esposo foi um grande homem, trabalhou na agricultura, principalmente nas plantações de fumo. Ao lado dele, desbravou matas e expandiu os campos agrícolas no solo arapiraquense.

As novenas do mês de janeiro, a feira, o café em grãos, o açúcar em pedras, a rapadura, o quebra queixo, as rezadeiras, seu casamento celebrado pelo Padre Epitácio Rodrigues, a festa de seu casório ao som do triângulo, zabumbeiros e demais instrumentos musicais, as viagens de trem, o destalar do fumo. . . são recordações que enchem de cores seus dias.

Esposa, mãe, agricultora, testemunha e construtora de uma parte importante da história de Arapiraca. Assim, Genilda Corado de Lima é uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 11ª Edição  | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 22 de maio de 2022 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira |  Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro