Sinopse
Nasceu no Povoado Rio Morto, atual Novo Rio, entre Igaci e Arapiraca -AL. Ali passou até seus nove anos de idade. Formada pela tradição das famílias: Mariano e Vital, formadoras do recanto. Foi passar uma temporada em Marília- SP. Aos doze anos de idade, retornando para Arapiraca, foi morar na Rua da Aurora, Alto do Cruzeiro. Desde os nove anos de idade trabalhou em sua casa como cozinheira. Os estudos se deram no Rio Morto e na Escola Adriano Jorge. Levou bolo nas mãos demais, por não acertar os cálculos da tabuada! Sempre gostava de desfilar nos dias 7 de setembro e 30 de outubro.
Ela “gostava de pular corda como um bode!” Pular muro, jogo de pedras, casinha, boneca de pano, calunguinhas, e cozinhar panelada. Ela se recorda dos encantos das festas juninas, da fogueira, dos vestidos de chita, de pular a fogueira; o milho assado, cozinhado, a pamonha, a canjica, a bandinha composta pelo trio de músicos e instrumentistas, o forró pé de serra. São lembranças, são saudades!
Filha de Antônio Mariano e Maria José da Conceição. Ficou órfã de mãe aos quatro anos de idade. Seu pai era proprietário de uma casa de farinha e vivia das riquezas da roça, venda de farinha e bodegueiro.
Não perdia as matinês nos Cines Trianon e Triunfo. Passear na Praça Marques da Silva, fazia parte de sua rotina dourada, se deliciava com os lanches e sorvetes da Sorveteria Pinguim.
Também não perdia nem missa, nem festa. Ouvia do alto falante o locutor anunciando as paqueras, nos intervalos, e as músicas românticas a embalar os corações dos enamorados.
Dançou pastoril nas festas do Alto do Cruzeiro, era a Diana. Manoel Francelino de Albuquerque (Neneca), puxava o bloco dos torcedores do encarnado, e o deputado Nezinho, do azul.
Já mocinha, acompanhava seu pai nas vendas na feira de Arapiraca, vendia sacos de cereais, além de fazer a feira para sua casa. Ela fala que: “na feira da cidade, vendia- se de tudo!” Do candeeiro, passando por fazenda de tecidos, comida pronta, regada ao molho das carnes de bode, boi, porco e galinha, até panelas de barro e outras inúmeras variedades de produtos.
Conheceu José Santos da Silva ( Zeno Bernadino), nos tempos de escola, os dois estudaram na mesma sala de aula no Adriano Jorge. Namoraram e depois de alguns anos casaram – se de surpresa, na missa das cinco, celebrado pelo Padre Epitácio Rodrigues. Zeno Bernardino, tornou-se um dos maiores agropecuaristas e um dos mais bem sucedidos fumicultores de toda a história de Arapiraca. Além de ser um dos cotistas da fundação da Rádio Novo Nordeste. Incentivou a arte popular, através do pastoril, no histórico Alto do Cruzeiro.
Foi uma convivência de parceria e amor. Os dois não perdiam um forró, uma vaquejada, nem um jogo do Asa. Até assistiu no Trapichão uma partida de futebol, com a participação de Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé.
Esposa, mãe, uma das grandes mulheres do bordado histórico arapiraquense. Trabalhou ao lado do esposo, ajudou no desenvolvimento de sua terra. Assim, Helena Maria da Silva, é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro