Ivanildo Nunes da Silva

Jogada de Mestre
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Sinopse

Nasceu em Itabi – SE. Filho de um casal de artistas, seu pai, Otávio Ferreira Nunes, um violeiro repentista e sua mãe, Luzia Nunes dos Santos, oleira, especialista em louças de argila. 

Ajudava sua mãe no fabrico de cestos bonecos e bois de barro, para vender nas feiras da região. Ainda hoje sente saudades do canto de sua mãe, fabricando panelas e das viagens de seu pai, tocando viola nas feiras do Nordeste.

Trabalhou na roça, sua mãe lhe educou no cipó no lombo, e como vaqueiro em fazenda aos sete anos de idade.

Estudou na escolinha improvisada em um pequeno salão da professora Maria, que lhe ensinou o ABC e a cartilha. Aprendeu um pouco com a pedagógica palmatória!

O fogão de barro de duas bocas e a lenha como combustível; o candeeiro era a luz de sua casa, a casa de taipa, dormir na rede, e na falta desta, era na esteira, estendida no chão de terra batida.

Brincadeira de pega pega e ouvir as músicas, cuja sonoridade se espalhava pela pequena Itabi, oriundas de bocas de alto falantes instalados no beiral da sede da prefeitura. Quantas lembranças! 

Depois de muitas dificuldades deixou sua cidade, primeiro atravessou o Rio São Francisco em uma canoa, depois num caminhão e por último no trem Maria Fumaça, até chegar em Lagoa da Canoa, ali foi trabalhar na Fazenda Lagoa do Mato, no curral de fumo do Neprusiano, passou três anos, logo mudando – se para a fazenda do Otávio Chicote, no histórico recanto da Lagoa de Dentro, Arapiraca, no ano de 1961.

Como gostava de ir a feira, chegava a passar o dia inteiro assistindo os tocadores de violas e os romanceiros a declamar versos naqueles palcos improvisados entre as bancas de madeira. 

Depois mudou – se para rua Sete, nas Olarias, atual Bosque das Arapiracas. Ali foi trabalhar como oleiro no fabrico de tijolos.

Presenciou muita gente pedindo esmolas e a invasão no mercado público de Arapiraca, na seca de 1970. (Conhecida como a fome de 70).

Foi servente de pedreiro na construção do Cine Triunfo, e depois de construído foi trabalhou no mesmo como zelador, revisor de películas e auxiliar de operador – projetista, logo assumindo como operador – projetista de fato. Neste espaço, Ivanildo presenciou os shows dos melhores cantores e grupos musicais da Jovem Guarda. Lendas da música como Jerry Adriano, Roberto Carlos e outros, além dos shows de calouros nas manhãs de domingos, promovidos por Zé de Sá e Jarbas Lúcio.

Iniciou no esporte em um campo ao lado do Cine Triunfo, nas horas vagas, com colegas do cinema, local que depois foi construído o Cine Plaza, atualmente é a sede da Igreja Universal.

Foi responsável por formar o time, Cruzeirinho, em homenagem ao bairro de sua morada na época, o Alto do Cruzeiro. Passou dez anos comandando as categorias de base do Asa, a convite do presidente do time na época, Neco das Confecções Silva, depois foi trabalhar nas categorias de base do time do Cruzeiro. 

Mestre Ivanildo, ensinou através do futebol e das técnicas de artes marciais, promovendo a educação esportiva, transformando vidas e desenvolvendo os jovens. Milhares de crianças e jovens passaram por suas orientações neste meio século de ensinamento gratuito. Assim, Ivanildo Nunes da Silva, tornou – se uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro