José Alexandre Sobrinho

O Menino e o Tanque de Fora
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Sinopse

Nasceu na Lagoa dos Cavalos, atual Vila Aparecida, Arapiraca – AL. Ali viveu entre os trabalhos na roça, no lugarejo da bela lagoa. 

Filho de Manoel Antônio da Silva e Tereza Nunes dos Santos, ficou órfão de pai, com apenas doze anos de idade, mas, desde os cinco anos já vivia sem a presença paterna, passando por muitas dificuldades financeiras. Para ele, sua mãe é uma heroína, pois trabalhou no alugado para sustentar seus três filhos. 

Seus avós eram Antônio Alexandre Albuquerque e Emília Lopes, tia do João Lopes, da Mata do João Lopes, antigos moradores do Largo Dom Fernandes Gomes, antigos proprietários de uma bodega do tempo em que Arapiraca ainda era Vila de Limoeiro de Anadia. 

Sua infância foi trabalhar carregando mandioca para colocar na casa de farinha do Pedro Alexandre, outrora localizada no Cavaquinho do Né Ângelo. Aos oito anos de idade foi morar em uma pequena casa no Sítio Baixa Grande. As brincadeiras foram poucas, mas os trabalhos foram muitos! 

Estudou em uma escola de taipas, durante três anos, ali mesmo na Baixa Grande, segundo o mesmo, não aprendeu nada! As professoras foram: Cidinha, Palmira e Enedina. O lema da escola, conta ele, era: ” Errou! O cacete vadiava!” Também estudou com o professor Pedro Correia da Graça, que nesta época lecionava em uma escola no Cavaco, com este mestre, ele aprendeu! “Levou dois bolos de palmatória, que até hoje sua mão queima!”

Em sua infância ia buscar água em um açude pequeno, atualmente é o Lago da Perucaba, enquanto, sua mãe aproveitava para lavar roupas.

Para ajudar no casamento de sua irmã, na faixa de catorze anos de idade, teve que trabalhar, carregando seis cargas de mandioca por dia, durante quarenta e dois dias! Seu tio, Pedro Ribeiro, lhe ensinou como trabalhar com a enxada.

De oito em oito dias ia até a casa do João Lúcio ouvir programas de rádio, e assistir televisão na casa do José Ventura, que parecia um cinema com tanta gente assistindo!

Começou no ramo de negócios com a compra de um jumento, que ele utilizava para buscar água no Baixão, e vendê – la na região. Com o dinheiro ganho, ia gastar com rolete de cana, vendidos nas bodegas da região!

Em 1948, casou-se com Estelita dos Santos Costa. Foi para noivar de brincadeira, terminou casando! Viveu ao lado dela, durante cinquenta e quatro anos. Com pouco tempo de viúvo, recebeu a proposta de casamento de oito mulheres, mas aceitou casar- se com Bernadete Martins da Silva, que lhe tratava como um filho!

Foi proprietário de uma bodega, que se transformou em um supermercado, em sua Baixa Grande. Concomitante com a compra de algodão vendida ao Jorge da Lagência. Com quase um século de vida, é uma das memórias vivas deste primeiro centenário de Arapiraca!

Esposo, pai, agricultor, vendedor de água no lombo de jumento, fumicultor, bodegueiro, proprietário de supermercado, comprador e vendedor de algodão. Assim, José Alexandre Sobrinho (Zé Pretinho), é das tradicionais Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro