José Alves de Araújo

O Fundador da Feira do Fumo

( Zé Chicão )

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Sinopse

Nasceu em Santa Cruz da Baixa Verde, antiga área pertencente a Triunfo-PE. Alguns de seus antepassados travaram lendárias batalhas neste recanto com Lampião e seu grupo de cangaceiros. Clementino Quelé (Quelé do Pajeú), parente de sua mãe, foi cangaceiro do rei do Cangaço, depois de desavenças, tornou-se um dos maiores inimigos deste sanguinário rei, assim em 1926, Lampião foi atingido por um tiro na perna, dado por ele, que deixara o banditismo para se tornar policial militar da Paraíba. Elisa, mãe de Zé Chicão, com medo das perseguições de Lampião, fugiu em 1932 para Alagoas, em uma viagem a pé por varios dias. Com a morte de Lampião, Elisa, retorna à sua terra natal e lá engravida, e dá à luz ao menino Zé, e aos 25 de Julho de 1953, chega no Sítio Caititus em Arapiraca, trazendo o jovem Zé, além de outros familiares.

Ali mesmo nos Caititus amadureceu, já que na infância brincou pouco, trabalhou muito, e o estudo na escola da vida, mestra sábia e implacável, além das aprendizagens da honradez. Ali mesmo casou – se com Antônia Vieira, da tradicional família Albuquerque, uma jovem filha do lugar e tiveram filhos e filhas honrados.

Os campos agrícolas ainda hoje fazem parte de suas lutas. Do amanhecer ao anoitecer. Sabe a hora de começar e esquece o momento de encerrar a labuta!

Na causticante seca de 1970, quando se plantou de tudo, mas deu nada, à fome assolou o Nordeste do Brasil, assim o fumo não vingou, nada vingou! Foi quando ele comprou uma pequena e fraca bola de fumo para cortar, e ao lado de Zezinho Horácio, esperou um pouco ali na feira, vindo um senhor que comprou por inteira aquela bola de fumo; na outra semana fizeram a mesma coisa, assim foram vendendo e surgindo compradores e novos vendedores.  Com esta ação, fundaram a Feira do Fumo, que depois de 40 dias, afastado devido uma perna quebrada, Zé Chicão ficou abismado quando voltou, “Como àquela feira tinha crescido!”. Esse é um grande legado seu, certamente será lembrado como um dos grandes feitos nos 100 anos que se avizinha da Terra de Manoel Nunes de Albuquerque e tantos outros.

No momento em que a feira do fumo, foi fenomenalmente se consagrando e se perpetuando nas segundas, o preço ou valor por quilo de fumo ali vendido, foi praticado durante a semana, servindo desta forma como referência.

 Zé Chicão é um ser que mudou positivamente a economia de Arapiraca!

As dificuldades passadas na vida, jamais o deixou abatido, nem jamais a fadiga lhe afastou do trabalho.

A moldura de seu caráter foi traçada pelos artistas de sua existência: seu pai e sua mãe.

Ele tem orgulho dos amigos, da família, da felicidade de ver um dos seus filhos, Paulo Alves Araújo, como oficial Tenente do Exército Brasileiro; da conquista de seu pedaço de terra, do amor por sua amada Antônia Vieira, dos seus Caititus, do seu Pé Leve Velho, de sua glória e de sua abnegação na existência!

Esposo saudoso, pai, agricultor, um dos fundadores da feira do fumo, detentor de uma emocionante história de vida. Assim, José Alves de Araújo (Zé Chicão), tornou-se uma das históricas Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 12ª Edição  | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de junho de 2022 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira |  Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro