Sinopse
Nasceu na cidade de Viçosa – AL, também conhecida como a terra do Menestrel, a Princesa das Matas. Viveu lá até seus cinco anos de idade, indo morar no Engenho Salgado na cidade de Pilar – AL. Permaneceu por ali até o ano de 1941. Mais uma vez migrando para Palmeira dos Índios. Foi neste recinto de arte, que foi vivendo, aprendendo com o pai, Belarmino Pereira da Silva, as técnicas da arte da marcenaria, e com a sua mãe, o aprimoramento do amor para com os seus semelhantes. Na capital da cultura alagoana ele viveu a mais bela das fases da existência a infância. Brincadeiras e aprendizagens fizeram parte de sua jornada pueril. Viveu ali até seus quinze anos de idade, período dourado de sua história, numa casa com quinze irmãos e irmãs, além de seus pais. Ele lembra das festas, com comidas simples, produzidas no fogão à lenha, aquele café torrado, exalando um cheiro, que lhe enche de saudades!
Em 1950, chega em Arapiraca. Neste mesmo ano, iniciou os estudos no Grupo Escolar Adriano Jorge, além de ser auxiliar de marceneiro de seu pai, aproveitando um dos períodos áureos da cultura fumageira, em uma cidade muita pequenina, mas, com ar de grandeza econômica, advinda do ouro negro. Assim foram fabricando móveis por encomenda e outros para a venda na centenária feira da cidade. Na feira ele exerceu à profissão de carroceiro de mão. Foi vendedor de roletes de cana e confeitos, no antigo Campo Poeirão do time do Ferroviário, outrora localizado ao lado da estação ferroviária de Arapiraca.
Em 1953, o jovem Zequinha, visionário e atento ao crescimento da frota automobilística de Arapiraca, resolveu trabalhar como mestre oficineiro. Já se vão sete décadas de dedicação e maestria nos consertos de lanternagem e pinturas de automóveis, na sua Oficina Três Irmãos.
Passou uma temporada na cidade de Recife-PE, retornando para Arapiraca em 1964, fundando a Oficina do Zequinha. Além do trabalho como mecânico automotivo, Zequinha ainda se aventurou por esse país continental na boleia de um caminhão, como caminhoneiro.
Em Arapiraca, também enveredou-se pelos currais de fumo, assim sendo, ele também um fumicultor.
Em 1966, casou-se com Irlene Pereira Vital, em cerimônia realizada pelo Padre Epitácio Rodrigues na igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho.
Frequentou as festas da padroeira e se encantou com a moçada alegre, com as beatas a rezar, com os fogos de artifícios a explodir no céu, com a bandinha a tocar, anunciando e animando a festa.
Frequentou os cinemas: Cine Leão, Triunfo e Trianon. Além de assistir as apresentações folclóricas de guerreiro e pastoril, no centro da cidade, e outros eventos culturais.
Esposo, pai, marceneiro, mestre em mecânica automobilística, caminhoneiro, fumicultor, além de outras atividades econômicas. Assim, José Pereira Irmão (Zequinha da Oficina), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 16ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 06 de agosto de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro