Sinopse

Nasceu na histórica rua do comércio, também denominada Praça Manoel André, recanto que surgiu no principal povoamento de Arapiraca, bem nas proximidades da igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho. Ali mesmo ela brincava nas calçadas, de roda, de boto, de desenhos, de bonecas, sua primeira boneca era uma de papel machê, além de outras. Uma infância feliz! 

Ela tinha uma bicicleta contra – pedal, a única na cidade neste estilo, presente de seu pai, Luiz Pereira Santos (Luiz Santos), já que ele vendia em sua loja, da bicicleta, a fazendas de tecidos, ao adorno de urna fúnebre…

Os vestidos eram feitos por sua mãe, Juraci Camelo Santos, para que ela participasse das festas de fim de ano do Alto do Cruzeiro, das novenas da padroeira e das festas de janeiro. “Como eram doces os seus dias!”

O leite tomado quentinho nas manhãs na fazenda no Sítio Guaribas, e os banhos de piscina neste recanto, desperta saudosas alegrias!

Ela foi criada no centro da efervescência econômica e cultural, pois foi ali nas imediações da casa de sua natalidade que a arte ganhou as cores do guerreiro, do pastoril, das folias carnavalescas ao som das orquestras: Lira Arapiraquense do Maestro Nelson Palmeira, da União Arapiraquense Musical, de Espridiião Rodrigues, além de outros grupos. Participou ativamente das apresentações culturais, a exemplo do Bailado, da peça teatral: “A Casa de Bonecas”, cujo papel foi a baiana. O rebolado no pastoril em frente ao Cine Leão, o sorvete com as amigas na Pinguim, as viagens de trem de Arapiraca à Maceió- “era um dia de viagem”! Formou-se em música, especialista em piano, sua mestra foi a irmã Helena. Aprendeu a tocar acordeon com o Maestro Oliveira e foi aluna de partitura do Maestro Juvino Cavalcante. 

Estudou na Escola Estadual Adriano Jorge, Instituto São Luiz, e faz parte do primeiro grupo de estudantes do Colégio São Francisco de Assis, em 1956. Ela ajudou na construção deste templo do saber!

Perdeu algumas de suas colegas em uma tragédia no Pontal de Coruripe – AL   quase ia estar nessa viagem. 

Assistia Hermeto Pascoal tocando na feira livre de Arapiraca. No final da feira, ela passava a régua debaixo do balcão para apanhar moedas caídas ali. 

Iniciou trabalhando como professora na Escola de Ensino Fundamental Hugo José Camelo Lima, no governo de seu tio, Francisco Pereira Lima, por décadas no município e na rede estadual de ensino. 

Casou – se com o bancário José Marçal de Andrade Neto, que transformou – se em um multi- empreendedor arapiraquense. Foi proprietário de indústria de torrefação de café, que funcionava em frente à Escola Estadual Adriano Jorge, além de vários comércios. Foi mecenas da Banda Pé de Balcão, do Dija Cavalcante. 

Fez parte da primeira turma de filosofia (Letras) da FFPA (Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca), atual Uneal.

Foi proprietária de uma rede de cinco lojas de alto – padrão em Arapiraca, denominada Biju Belle Center. 

Atualmente atende gratuitamente na Igreja de São Pedro em Maceió como psicóloga.

As paqueras, o som dos altos falantes, os recadinhos românticos, o carramanchão, os filmes assistidos no Trianon, os desfiles e as tocadas no tarou no dia 30 de Outubro fazem parte da sua doce juventude. 

Esposa, mãe, pianista, acordeonista, professora, lojista, psicóloga, ilustre filha da terra de Luiz Santos e tantos outros. Assim, Luiza Maria Santos de Andrade (Nena), é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 15ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de março de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro