Sinopse
Nasceu no Sítio Serra Verde, na cidade de Boca da Mata – AL. Aos dois anos de idade, foi morar no Sítio Vai e Não Torna, expressão esta, devido as criações de ovelhas e outros animais, que ao irem pastar por lá, não mais retornavam. Em uma casa de taipas, neste lugarejo.
O fogão à lenha sob um girau, os banhos de oito em oito dias nas moitas, com sabão feito por sua mãe, de momona, “aquele sabão ardia em seu corpo!” Isso também lhe emociona!
Brincadeira de virola de pneu, empurrado com paus, já que nesta época não tinha dinheiro para comprar uma bicicleta; galopar nas cascas de feijão, para imitar o cavalo; correr entre os roçados; o assovio da caipora; o fogo corredor na serra do Sítio Minador, entre outras lendas, fazem parte do leque de sua infância!
As dificuldades e a seca, dominavam. Lembra das paisagens deslumbrantes indo busca água em Coité do Nóia, dois potes de água por dia no barreiro do Manoel Lopes, antigo proprietário da Lagoa dos Cavalos, que outrora denominou o lugar. São recordações!
Estudou com uma vizinha, a professora Gersina, a cartinha do ABC. Logo indo estudar no Sítio Novo Rio, com a professora Pastorinha Vital Rios, filha de Antônio Vital da Silva, personagens ilustres arapiraquenses. Ainda estudou com o professor, sargento João Batista, e continuou seus estudos na Escola João Lúcio da Silva, em sua vila histórica. Na escola ele aprendeu que “a preguiça é a chave da pobreza”.
Conviveu na infância com sua esposa Antônia Edite dos Santos, mas foi na Mata do João Lopes que ambos se apaixonaram, já se vão sessenta anos de uma linda história de amor. Depois de casado iniciou como professor, lecionava na luz das placas acendedoras, chegou a lecionar para mais de duzentos alunos de sua Vila. Quem podia pagar com dinheiro pagava, e outros pagavam com um dia de serviço por semana em sua roça. Não faltava em sua escola a pedagógica palmatória. Ainda lecionou no MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização).
Por vinte anos, trabalhou com um caminhão levando mascates para feiras da região.
Primeiro evangélico da Vila Aparecida. Doou o terreno, e construiu com ajuda da comunidade a Igreja Batista Betel, sendo o diácono desta congregação.
Ele conta que a Vila Aparecida, outrora era denominada Lagoa dos Cavalos, expressão esta, devido as águas de uma lagoa ainda existente por lá, ser a fonte de beber dos cavalos, de propriedade de antigos moradores da localidade, e que, em 1963, os moradores decidiram mudar este nome e homenagear a padroeira do Brasil, assim, o Sítio foi rebatizado de Vila Aparecida.
Esposo, pai, agricultor, professor, motorista de transporte de mascates, diácono da Igreja Batista Betel, além de um ser magnânimo. Assim, Manoel Messias dos Santos é uma das Raízes educacionais de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 15ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de março de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro