Sinopse
Nasceu no Sitio Poção em Arapiraca-AL, bem ao lado do Rio Coruripe. Aos oito anos de idade foi morar na Rua Boca da Caixa, atual Rua 15 de Novembro, Centro de Arapiraca. Peraltices, trabalhos nos campos verdes, estudos, além de uma aurora existencial linda, coloriram sua infância!
Ficou órfã de mãe logo ao nascer e foi criada por sua tia paterna, Ana Rita do Espírito Santo e seu tio Roberto Marcelino Barbosa; seus pais naturais foram: Maria das Dores de Almeida e José Praxedes da Silva, este foi um importante fazendeiro do Sítio Poção.
Brincou de aviãozinho(amarelinha), bonecas calunga, além de outros brinquedos. Lavar os pés no Rio Coruripe, no Sítio Poção, esfregando-os no lajedo denominado Pedra do Risco, devido um risco nesta pedra, fazem parte de suas lembranças.
Estudou em um salão improvisado que abrigava a Escola Nezinho Protásio, no Sítio Poção, ainda estudou no Adriano Jorge com a professora Chiquinha Macêdo e a professora Zeza, nesta época já morava na Rua do Arame, atual Rua São Francisco, Centro de Arapiraca.
Na juventude enamorou – se de um jovem da tradicional família arapiraquense, com quem casou – se e o mesmo tão cedo partiu, deixando muitas saudades. Trata – se do Vereador João Saturnino de Almeida, que tragicamente partiu na flor da existência! É um orgulho de sua Arapiraca, referenciar este seu filho.
Aos seus filhos, ela fez o papel de mãe e pai. Deu – lhes amor apaixonado, e tem sido uma mãe no sentido exato da palavra!
Quando ela casou João Saturnino comprou três panelas de barro para o preparo dos alimentos, e isso a deixa com muitas saudades. O fogão à lenha, dois tamboretes, a casa de taipa e uma vida repleta de amor. Ela fala que ele saía de bicicleta e percorria até três léguas para aplicar injeções em enfermos de Arapiraca, e isso ele fazia por amor abnegado ao próximo.
Ela vive em sua terra natal e fazem parte de suas recordações: as fotografias tiradas pelo fotógrafo Artur Alves da Silva no oitão da Igreja velha de Nossa Senhora do Bom Conselho – o famoso lambe – lambe ; a sede da prefeitura velha na Praça Luiz Pereira Lima; a bandinha dos Ambrósios, anunciando ás festas da padroeira; o carrinho de algodão doce feito no instante; a feira do carvão nas Olarias; as ruas do entorno do centro de chão batido, depois calçadas de pedras, que hoje chegam amolecer o coração de quem por ali pisou; os banhos de chuva no terreiro; as securas de água doce; os sítios e povoados no entorno do pequeno centro de Arapiraca; o destalar do fumo; as amizades com Maria de Lourdes Melo( Dona Maria do Cartório), com o estudante José de Oliveira Leite e outros; seu Sítio Boa Vista, hoje populoso. A calmaria de uma época que não volta mais, estes e outros acontecimentos cotidianos de seu passado, estão vivos em suas memórias!
Em suas dificuldades depois da perda precoce de seu João, ela se socorria com palavras e ações de seus amigos, entre eles: José Alexandre dos Santos, João Lúcio da Silva, José Lúcio de Melo, além dos familiares.
Esposa, mãe, amiga, administradora rural, heroína de uma família honrada. Assim é Maria das Dores de Almeida, uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 12ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de junho de 2022 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro