Maria Joana da Silva

A Menina e as Águas da Lagoa
TRAILERFILME

Sinopse

Nasceu em Coruripe da Cal, Palmeira dos Índios – AL. Filha de João Rosendo da Silva e Maria Joana da Silva, ambos agricultores. Seu pai também exerceu a profissão de oleiro do fabrico de tijolos. Foi criada na roça e, em uma bodega de seu pai. Estudou em uma escola improvisada, com a professora Santa. 

Na escuridão das noites, a tranquilidade dos dias! A caieira a todo vapor, a queimar pedras de cal, esta produção era do suor e dedicação de seus familiares. Um de seus irmãos enchia caixotes, amarravam – nos em um rebanho de burros, e seguia para vender em Arapiraca, logo este cal, iria transformar as paredes das poucas casas existentes na época na cidade de Esperidião Rodrigues. 

Ainda na infância lavou roupas e as engomava, em um velho ferro aquecido com o interior cheio de brasas. Ia buscar água em uma barragem distante, com o pote na cabeça. O trabalho foi sua segunda escola. Aprendeu muito cedo as técnicas da arte da costura, com sua mãe.

Seu esposo foi Osvalino Barbosa, barbeiro e pandeirista talentoso, que tocou, cantou e encantou seu coração! Foi um dueto lindo, essa convivência!

No início de 1970, veio morar no Bairro Canafístula, celeiro artístico de Arapiraca. Segunda ela, o lugarejo era tomado por plantações de fumo, além de inúmeras casas de farinha e olarias. 

Fez parte do grupo de pastoril da Canafístula, destalou fumo nos salões e em casas, até o raiar do o dia. Para não dormir ela e outras destaladeiras, cantavam. Já a algum tempo faz parte de um grupo folclórico, denominado Destaladeiras de Fumo, patrimônio imaterial de Arapiraca. Não existe outro, em lugar nenhum do mundo! Só em Arapiraca, sendo um grupo na Canafístula e outro no Sítio Fernandes. As vestimentas folclóricas ela mesmo faz, as dela e de algumas outras pastoras e destaladeiras. Já se apresentou em Juazeiro do Padre Cícero, na Canção Nova, em São Paulo, além de inúmeras cidades do país e, principalmente no estado do rico folclore, Alagoas!

Esposa, mãe, costureira, pastora do pastoril, destaladeira de fumo, artista de arte da popular – patrimônio imaterial da Terra do Mestre Duda. Assim, Maria Joana da Silva, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro