Sinopse
Natural de Quebrangulo – AL. Quando nasceu, seu pai já tinha partido, ficando somente na companhia da mãe Joaquina Francisca e Ortelino, seu irmão, que a mesma se acostumou a chamá-lo de pai. Com apenas três anos de vida, foi morar no Sítio Brecha, em Estrela de Alagoas.
As brincadeiras com bonecas de pano, com Lília, panelada, o trabalho para carregar panelas de barro para caieira, depois continuava a brincadeira debaixo de um carro de boi ou de um pé frondoso de trapiá. Sempre ia buscar lenha nas matas para abastecer o fogão rudimentar fixo, tomava conta de uma parte da cozinha. Sua mãe estendia a carne salgada em uma corda que ficava sobre o fogão, já que não tinha geladeira. Depois era pegar um pedaço e assar na brasa.
Estudou ali mesmo, no Sítio Brecha, em um salão, com a professora Antônia, que lhe castigava com a palmatória nas mãos e régua nas pernas, “apanhava demais, pois era muito danada”. Nas férias ia à cidade de Recife – PE, sua mãe ia trabalhar nas plantações de algodão, ela ficava observando os programas de TV, encantada com a magia audiovisual.
Aos nove anos de idade, veio morar em Arapiraca, vindo em um carro de boi. Foi morar nas Olarias, atual Bosque das Arapiracas, bem próximo da Fazenda Nunes, ali trabalhou carregando tijolos que seu irmão fabricava, colocando os adobes nas caieiras para queimá – los. Tudo isso com apenas dez anos de idade!
Sua mãe e outras mulheres lavando roupas na lagoa, atual Parque Ceci Cunha era uma festa com tantas mulheres a esfregar roupas nas tábuas, que ficavam no chão! Eram tempos ditosos, cheio de simplicidade e um trivial belo. Saudosista!
Mesmo na adolescência foi trabalhar na Souza Cruz, juntando fumo, logo viu o dinheiro chegar em suas mãos!
Conheceu e casou-se com Antônio Balbino, da tradicional família, fundadora da Serra dos Ferreiras, ali mesmo no recanto da tradição! A mãe do noivo não queria o casamento! Quando isso acontecia, disse ela: “Naquele tempo ou fugia ou fazia uma surpresa!” Casaram-se escondidos da sogra!
Ao lado do Antônio Balbino, plantou fumo por vários anos na Serra dos Ferreiras, dando sua retribuição à terra de suas melhores recordações e vivências. Esta união lhe abençoou com muitas alegrias.
No alto, a festa era linda. As pastorinhas, entre as disputas do azul e do encarnado. Um caldeirão cultural mobilizava os antigos moradores nas festas de fim ano. Era um paiol de alegria e felicidade! Ela fez parte do cordão azul do Deputado Nezinho e do outro lado era o cordão encarnado do Neneca Francelino.
Esposa, mãe, fabricante de tijolos das Olarias, funcionária da indústria de beneficiamento de fumo Souza Cruz, fumicultora, além de outros ofícios. Assim, Marinete Medeiros Nunes, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.
Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro