Marizete Evaristo da Silva

Eva do Mar
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Sinopse

Nasceu no Sítio Cangandu, e ali estudou em casa de taipas, com Professora Jovem, mestra, que lhe ensinou, o traquejo dos números e das letras, até chegar a escola, às vezes tinha que atravessar pela lagoa  que banha o Cangandu, em época seca, em que só tinha lama, brincar de corda,  brincadeiras de correr atrás do coelho, e se perder na imensidão do amplo espaço, repleto de uma exuberante natureza. 

Desde a infância, preferia a quietude, a obediência, o zelo pelas normas impostas por seus pais: Maria Diolina da Conceição e Cassiano Evaristo da Silva, responsáveis figuras deste histórico recanto de Arapiraca. 

Trabalho de roça, antes de ir para escola, acordavam às cinco da manhã, para cavar canteiro, brincar com a boneca de porcelana, presente de sua irmã, a única boneca que possuío.

Torrar café, depois pisa – lo  no pilão por sua mãe, aquela  quebra de milho, as espigas penduradas, o ralar do milho, o cuzcuz prontinho, com a mistura que tivesse no momento, o romantismo da luz do candeeiro, as estrelas postas no céu, a clarear às noites, estão em suas afetivas memórias!

Casou – se com Adelício Benedito da Silva, com quem constitui uma prole abençoada. Dividiu sempre o trabalho na roça com o de casa e assim foi levando à vida! Como uma grande mulher. 

Participou das festas do Mané Pequeno, em uma pequena Igreja de São Benedito, que já nem existe mais! Ali ouvia o zabumbeiro, o sanfoneiro, a embalar a festa,  que se ouvia também o pregoeiro a oferecer o leilão, as girândolas dos fogos de artifício, as  apresentações de Guerreiro, no terreiro de seu parente, Miguel Enéas, além das  festas de Santa Isabel da Hungria, na Canafistula.

Ela via o barro das bordas adjacentes da Lagoa do Cangandu, se transformar em tijolos, que eram espalhados pela pequena Arapiraca   para construção das casas e comércios, um testemunho do progresso ao longo do tempo. 

Contribuiu e vivênciou com com a grandeza econômica do Cangandu e consequentemente, com à terra de Manoel André.

Seu nome contém a nomenclatura do mar, e todo vai e vêm das ondas, que diminuem, a depender da fase do dia, mas, não param de ondalar, no contínuo labor! Assim é Marizete, a  Eva do Mar!

Esposa saudosa, mãe, agricultora, especialista na arte de viver! Uma mulher de fibras que ainda na atualidade, dar sua contribuição para o crescimento de sua cidade. Imperiosamente, Marizete Evaristo da Silva, é uma das Raízes tradicionais de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 15ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de março de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro