Sinopse
Nasceu na antiga quadra de Manoel André, atual Praça Manoel André, também conhecida como rua do Comércio, no centro de Arapiraca-AL.
No tempo de criança era “só alegria:” banhos de chuva, brincadeiras de corda, balão, dramatização, pastoril e outras mais! Inicialmente estudou no Adriano Jorge, com as professoras: Amália Fragoso e Maria Fragoso, prosseguindo os estudos no histórico Instituto São Luiz, que nesta época funcionava na bucólica Praça Marques. Ali recebia bolo de palmatória nas mãos.
O aterro da lagoa era o quintal de sua casa, os tanques, os patos, a olaria de Manoel Lúcio Correia, seu avô, pai de sua mãe, lhes enche de saudades. O destalar fumo ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho, ali ouvia e cantava os cantos das destaladeiras de fumo; o fogo a lenha ou carvão, a carne guisada, abundância de frutas, o doce gostoso que sua mãe preparava, o bolo pé – de – moleque feito na casa de farinha da Serra dos Ferreiras. Doces lembranças!
Quando ela tinha quatro anos de idade, os moradores do pequeno município de Arapiraca, ficaram com medo, pois Lampião e seu bando de malfeitores, ameaçaram invadir a pitoresca estrela radiosa. E ela fala que foi um “susto danado”. A invasão não aconteceu, mas, ela lembra que depois um caminhão adentrou com as cabeças de Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros em Arapiraca, em um cortejo macabro que se tornou uma página importante do cangaço no Brasil.
Seu pai, Genésio Rodrigues da Silva, foi violonista, seresteiro e músico integrante da Orquestra Sociedade Musical União Arapiraquense, criada em 1908, por Esperidião Rodrigues, também foi o primeiro secretário de Arapiraca, de 1924 a 1950, desde sua fundação. Sua mãe, Joana Correia Cavalcante, era uma das filhas do Ex – Prefeito Manoel Lúcio Correia, era um dos proprietários de olaria, nas proximidades da árvore que deu nome à Arapiraca.
Um dos seus irmãos era o Juiz Nelson Rodrigues, pesquisador da história de Arapiraca, partiu sem realizar o desejo de lançar um livro sobre essa história, mas, suas pesquisas embasou os principais historiadores da terra de seus ancestrais e de outros mais!
Enamorou-se e casou – se com o lojista José Palmeira Lima, que se estabeleceu em Arapiraca, nos últimos anos da década de 1940. Depois de casada, ela administrou o caixa da loja durante décadas, no ramo de material de construção, sendo uma das primeiras nessa linha de vendas. Funcionava ao lado da loja Bandeirantes, Centro de Arapiraca.
Participou ativamente dos bailes no Clube dos Fumicultores, dos carnavais, pois seu marido era sócio – fundador e diretor deste clube histórico.
Ela testemunhou as disputas políticas, as rixas entre Palmeira dos Índios e Arapiraca, as festas nos parques de diversões, a inauguração do motor da força e luz do Vadimiro Barbosa, a árvore florida Arapiraca na lagoa, nos fundos da casa do seu tio Zezé Rodrigues, entre outros acontecimentos.
Esposa, mãe, lojista, membro da Igreja evangélica Mundial, descendente dos principais povoadores desta cidade. Ela representa à força feminina! Assim, Nelsina Rodrigues Lima (Nelsa), é uma das profundas Raízes de Arapiraca.