Pedro Correia da Silva

O Salão Recife
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Sinopse

Nasceu na capital da cultura alagoana, Palmeira dos Índios. Viveu lá até os seus quatro anos de idade, migrando para o Povoado Massapê em Feira Grande – AL. Ali iniciou os estudos. Seus pais ensinaram-lhes que o trabalho traz dignidade ao ser humano. Foi com a agricultura que ajudou os seus pais José Correia e Francisca Maria. Mesmo ficando tão jovem órfão de pai. 

Brincadeiras, trabalhos, estudos e o verde dos roçados do Mocambo, lhes preenchia de esperança de dias melhores. No ano de 1953, chegou no solo de Manoel André. Em 1953 e 1954, iniciou trabalhando como auxiliar de pedreiro, na construção do Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, já como pedreiro trabalhou na construção do Cine Triunfo, logo em seguida foi trabalhar como pedreiro na construção da casa do lojista, Francisco Pereira Lima, e outros moradores da cidade.

Trabalhou de oleiro no fabrico de tijolos e telhas, nas antigas olarias, atual Parque Ceci Cunha. Aos poucos foi mudando de profissão até se tornar barbeiro, e posteriormente cabeleireiro, um dos mais famosos de todos os tempos. Montou na Rua 15 de Novembro, o Salão Recife, sinônimo de sofisticação, glamour e luxo. Sustentou o título de melhor salão de beleza por décadas, o mais tradicional de Arapiraca. Seu salão foi pioneiro em corte unissex na cidade. Moradores famosos e anônimos, ainda hoje lotam as dependências do salão, para darem um trato no visual. 

Pedrinho viu de perto, sua Arapiraca evoluir.  Quando aqui chegou a luz era de candeeiro, sendo substituída por energia elétrica da Força e Luz, do Valdomiro Barbosa; a água era trazida no lombo do jumento; os cavalos eram amarrados na Intendência, que era situada ao lado da delegacia velha e da Fábrica de Cachaça Rinchona e Vinagre Camarão, na antiga Rua da Quitanda, atual Rua Manoel Abreu, nas imediações do Parque Ceci Cunha. 

Era frequentador assíduo dos Cines Trianon e Triunfo, da centenária feira de Arapiraca, da charmosa Praça Marques e das festas de Janeiro, em homenagem à Nossa Senhora do Bom Conselho. Pedrinho participou de vários shows de calouros e teve o Mestre Miguel Vieira como seu professor de acordeom. Participou de programas musicais: “Quando à Tarde Cai, o Nordeste Canta, apresentado por Zé de Sá, na rádio do Deputado Claudenor de Albuquerque Lima, segundo o mesmo, seu grande amigo.

Arapiraca lhe deu fama, e constituiu uma prole de homens e mulheres de bem. 

Esposo, pai, pedreiro, oleiro do fabrico de telhas e tijolos, barbeiro, cabeleireiro, empresário do ramo de beleza, proprietário do Salão Recife, músico, acordeonista, além de outros dons artísticos. Assim, Pedro Correia da Silva (Pedrinho Barbeiro), tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro