Sinopse

Nasceu no Sítio Cacimbas, ao lado do casarão do Crispiniano Ferreira de Brito, aquele velho casarão passou a ser escola,  com o nome de seu avó paterno. Estudou na casa Grande do Crispiniano Ferreira de Brito, atual escola municipal. Ele se recorda do banco rústico de madeira, levado na cabeça, pois aquele objeto, era o acento, para assistir os ensinamentos pedagógicos, das professoras: Maria José, Hilda Canuto, quem vacilava, levava régua nas costas, ou “entrava na régua”.

Já logo cedo no romper da amanhã,  acompanhava seu pai, na lida da roça, no Sítio Lagoa De Dentro, também no Sítio Mata da Lama, nas proximidades do Sítio Pau Ferro, além do labor em outra propriedade, no Sítio Guaribas.

Jogar bola no Baixão, feita de meias envelhecidas, assistir aos pastoris, andar de trem o dia inteiro até chegar em Maceió, banhar-se no açude da Lourença, sua bisavó,  assistir espetáculos de circo, principalmente, o Circo JMariano, o Nerino, ambos instalados na praça da Prefeitura, assistir filmes, séries, no Cine Leão, o “Poerinha do Manoel Leão”, contemplar o Hotel Estrela, o Cinema Trianon, a cacimba, o estúdio de música do Zé de Sá, ambos na Praça Marques da Silva, o show do Orlando Silva no Trianon, as festas da padroeira, aos estalos estridentes dos foguetes, produzidos principalmente por Luiz Jupi, antigo morador da praça das Cacimbas, estão fixados em seus pensamentos!

Sua mãe, Maria Leite de Macedo e seu pai, Jose Brito de Magalhães, figuras históricas das Cacimbas. Descendentes dos Magalhães, responsáveis pela introdução do fumo – mola mestra da economia pujante de Arapiraca, Ferreira Brito, Leite, do Antônio Leite, irmão do emancipador Esperidião Rodrigues, principais fundadores das Cacimbas, e  da Terra de Manoel André Correia dos Santos e Maria Isabel Valente, sua tia tataravó.

É um homem de sábios ensinamentos:

“Quem tem farinha e feijão, não passa fome!” Por isso que no verão inteiro ele, e seus familiares produziam farinha, na antiga casa de farinha de seu avó, outrora, nas proximidades da escola Cristo Redentor, atual Bairro Manoel Teles. 

“O fumo para ele tem um mistério, ora lhe dar duas camisas,  ora lhe tira até as calças!”

Ele “tem pavor de gente mau humorada, porquê ele faz questão de rir!”

O açude da Lourença, sua bisavó, ao lado do antigo matadouro, nas Cacimbas, era o ponto turístico da moçada da época, o matagal das Cacimbas, os pequenos poços, a cacimba do Crispiniano, feita em um açude que secara, ali surgiu a Cacimba que deu nome ao lugar, ao passar do tempo, foram surgindo outras na localidade, dando o nome de Cacimbas, o Buraco Azul – fonte de água perene, ainda existente, na ladeira da Rua Coronel Vicente Ramos, nas Cacimbas. 

Em 1956, fala que foi uma festa, quando surgiu o primeiro rádio, no Sítio Pau Ferro das Laranjeiras.

Ele disse que em sua infância quem tinha charete, era rico,  e que Manoel Leal, seu vizinho, eram um dos proprietários desse meio de transporte da cidade. 

Ouvia atento os argumentos, os discursos, as palestras do rábula Ernesto Francolino de França, antigo e radiante morador, das proximidades do paredão do açude do Denocs. 

Ele fala que  o costume outrora era comprar para pagar depois de um ano, e que seus familiares gostavam de comprar nas lojas de Luiz Pereira Lima, do Francisco Pereira Lima e que pagavam as contas, com a colheita do algodão. 

O açúcar bruto, vendido na feira de Arapiraca, 

A rapadura  a plantação de café nas sombras dos cajueiros, nas redondezas de sua casa, lhes enche de um saudosismo cruciante, e ao mesmo tempo de uma  felicidade extasiante!

Plantou fumo, por quase toda em sua existência, além de criador de gado, dando sua contribuição à seu torrão de natividade, vivências e lutas!

Casado com Eunice Barbosa, de ilustre família, povoadora de seu histórico recanto!

O tijolo de sua casa foi produzido por ele mesmo, com o barro retirado do atual Lago da Perucaba, a lenha que alimentava a caieira,

O tijolo de sua casa foi produzido por ele mesmo, com o barro retirado do atual Lago da Perucaba, a lenha que alimentava a caieira, que calcinavam os tijolos, era retirada da mata fechada das imediações. 

Esposo, pai, agricultor, agropecuárista, produtor de riquezas através da terra trabalhada, descendente dos principais fundadores do Sítio Cacimbas e da estrela radiosa – terra de seus ancestrais, assim, Pedro Macedo Brito  (Pedrinho), é uma das tradicionais Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 15ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 19 de março de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro