Roque Freire dos Santos

O Chofer de Praça
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Sinopse

Nasceu em Major Izidoro-AL. Ali viveu em casa de taipa, tapada de barro. Água, só a dos açudes da região, energia, só poucas horas na noite! “O motor só vivia quebrado!” Filho de José Freire dos Santos e Maria da Conceição, ambos agricultores. Passou a infância ajudando os pais na roça. Nos períodos vagos estudou, levou palmatória nas mãos, por errar nos argumentos e cálculos da tabuada, suas professoras foram: Ione e Zezé, ambas não amaciavam nos castigos! 

Ouvia de seu pai, que o mesmo, pertenceu ao grupo de Lampião e Maria Bonita, que deixou o Cangaço por ter percebido que aquela vida era sem futuro!

Mudou-se aos oito anos de idade, para Viçosa – AL, brincava de pião, chimbras, brinquedos de barro, corria pelas caatingas e as matas verdes, contemplando a natureza, tendo uma doce infância, apesar das dificuldades materiais. Ficando oito anos na Fazenda Bananal, de propriedade dos fazendeiros, Petrúcio Vasconcelos e do industrial, José Aprígio Vilela, nesta propriedade foi encarregado e gerente. Neste período conviveu com grandes vultos da política nacional, a exemplo Teotônio Brandão Vilela, O Menestrel das Alagoas, o governador Teotônio Vilela Filho, além de industriais e artistas da arte popular alagoana.

Durante a adolescência trabalhou nos cercados do fazendeiro Zezinho Amaral, componente de uma ilustre família sertaneja, além de outros proprietários de terras da região. Limpava os canaviais e plantava cana, ao lado de seus pais, na Usina Capricho. Uma vida caprichada no suor do trabalho. Vontade de vencer, lhe movia os passos!

Conheceu a esposa Maria Cícera em uma quadrilha junina, no Povoado Branca de Atalaia – AL. Vivem em puro amor desde então!

Em 1980, chega em Arapiraca. Foi caminhoneiro durante algum tempo, fazia o trajeto da Usina Caeté à Arapiraca. Trocou a profissão de caminhoneiro pela de chofer de praça, trabalhou durante quarenta anos, servindo a população com os serviços de seu táxi. 

Morando nas proximidades das olarias, da altura de sua casa se via a lagoa dos patos, de propriedade do Alfredo, o córrego do Piauí, as olarias, a feira do carvão, a lagoa esplêndida, outrora tanques de água de antigos moradores de Arapiraca, um monte de casas simples, várias bodegas e bares rústicos, vendido cachaça, passando aquela música romântica e gente contente, vivendo o momento! Quanta lembrança. 

Esposo, pai, agricultor, administrador rural, caminhoneiro, taxista. Assim, Roque Freire dos Santos, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 17ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 15 de outubro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Bruno Nunes, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro