Sebastião Ferreira dos Santos

O Trem de Volta
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Sinopse

Nasceu em Quebrangulo-AL. Viveu em uma casa de taipas, onde reside parte de suas doces recordações. O quintal espaçoso, o terreiro amplo, o dia a dia de agonia, que quase não sentia! Pois, o tempo era mesmo de felicidade.

Ao dormir com o candeeiro acesso, na alvorada do dia seguinte estava ele e seus familiares todos cobertos de cinzas, que caía lentamente do pavio acesso do candeeiro. E a cacimba da rua Pernambucana lhes dava água de beber e do consumo da casa. São lembranças, de sua primeira aurora no descampar da existência.

Filho do agricultor Pedro Ferreira dos Santos e de uma batalhadora, Ortealina Pereira de Araújo, desde cedo acostumou-se no roçado de algodão, feijão, mandioca e milho.

Mudou – se ainda pequeno para a cidade de Mata Grande-AL, para acompanhar seu pai. Algum tempo depois, adentra em um trem e retorna para a casa de sua mãe, na Terra natal de Mestre Graciliano Ramos.

Seus irmãos pescavam no Rio Paraíba do Meio, nas cidades de Quebrangulo a Paulo Jacinto, e ele saía para vender os pecados em casas da região.

Chegou em Arapiraca ainda jovem, no ano de 1953, acompanhado de sua mãe e irmãos. Foram trabalhar nos salões de fumo, destalando e juntando as folhas de nosso ouro negro.

Sua primeira morada em Arapiraca, foi no secador de fumo do fumicultor Januário, logo mudaram – se para trabalhar no salão de fumo do vereador Domingos Vital. Ainda trabalhou de servente de pedreiro;   como cambista de jogo do bichos; auxiliar do técnico de eletrônica Dedé Gomes; na Telasa, saía com a escada nas costas, ajudando o técnico nos consertos e instalação de linhas telefônicas; no bar do Orlando, que funcionava ao lado do Cine Trianon, ali foi responsável por alimentar o fogão com lenha; foi garçom, trabalhou na Sorveteria Pinguim, na época em que o jovem médico e deputado Estadual  Marques da Silva, morava ao  lado, e era um dos seus clientes; na rua da Aurora,  atual rua Vereador Domingos Vital, no Alto do Cruzeiro, ele trabalhou na padaria do Alírio Rocha.

Conheceu sua esposa, Marinete da Conceição, quando ela era funcionária do Cartório do Registro Civil da Lourinete e do Miguelzinho Valeriano.

Em 1964 comprou um imóvel na rua do Peixe, ali colocou uma bodega, e nos dias de feira uma banca para vender temperos e produtos variados. Por lá, a Bodega Padre Cícero durou cinquenta e sete anos de funcionamento. Um dos mais antigos estabelecimentos comerciais da cidade. Ali rolou muita história, local e culturas diversas.

Esposo, pai, vendedor de peixe, servente de pedreiro, funcionário da Sorveteria Pinguim, funcionário de padaria, garçom do Bar do Orlando, funcionário da banca do jogo do Zé Baé, feirante, bodegueiro da rua do Peixe por mais de meio século… memória viva de nossa terra! Assim, Sebastião Ferreira dos Santos, tornou-se uma das Raízes de Arapiraca.

 

Ficha Técnica

Idealização e direção Ricardo Nezinho | Entrevistado Arapiraquenses, 18ª Edição | Entrevistador Aldo CS | Local da gravação Arapiraca/AL | Data de Lançamento 17 de novembro de 2023 | Produção executiva Ricardo Nezinho, Sandro Ferreira, José Sandro, Aldo CS, Caio Ceza, Jimmy Gonçalves | Historiador José Sandro | Diretor de Produção Aldo CS | Filmagem e Fotografia Sandro Ferreira | Técnico de som Sandro Ferreira, Cledivaldo de Oliveira | Colaboradores Isve Cavalcante, Fábio Barros, Suely Mara Lins Melo | Projeto gráfico Aldo CS | Trilha de abertura Marcos Sena, Jovelino Lima | Artista plástico Marcelo Mascaro.

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